No aniversário de 50 anos da proclamação de independência do Quênia, o embaixador do país no Brasil, Peter Kirimi Kaberia, enaltece o trabalho feito nas últimas décadas para erradicar a pobreza e a fome, fazendo um contraponto com os graves índices sociais que ainda existem no território queniano. “Além de nos tornarmos uma das principais economias da África Oriental, estamos investindo na agricultura e outros instrumentos para acabar com a pobreza”, disse.
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Em entrevista a Opera Mundi nesta quinta-feira (12/12), Peter Kaberia destaca “o grande amigo” Luiz Inácio Lula da Silva e o Brasil como “fundamentais” no trabalho contra a crise social do país. “Lula é o grande parceiro na América Latina do nosso povo. Juntos, trabalhamos para garantir segurança na alimentação das pessoas. O Brasil é um grande exemplo para nós do combate à fome”, disse.
Agência Efe
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O embaixador também defende a melhora dos indíces do país, apontando que o Quênia é um dos únicos países da África Ocidental que não mergulharam em guerras civis. “Temos muito problemas em nosso país, mas precisamos destacar que nestes 50 anos conquistamos números expressivos. São 50 anos de crescimento econômico, de progressos sociais e de melhora na vida das pessoas”, afirma.
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Embora nas últimas décadas tenha-se realizado um processo de modernização – colocando o país em destaque econômico na África Oriental -, o Quênia não erradicou “a maldição da pobreza”, como prometeu o primeiro governo independente, de acordo com o jornal queniano The Standard.
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Segundo os dados da ONU (Organização das Nações Unidas) e do Banco Mundial , cerca da metade da população (mais de 40 milhões de habitantes) vive abaixo da linha da pobreza (pouco mais de US$ 1 por dia). O país também sofre com a desigualdade social: em Nairóbi, um dos principais distritos do país, o cenário é de contrastes entre mansões espetaculares de bairros ricos e guetos e favelas de uma maioria pobre, segundo informações da Agência Efe.
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De acordo com informações da Rede Aljaazera, massacres entre tribos rivais e mortes violentas em distritos quenianos divergem do cenário de crescimento de 5% da economia nos últimos anos – número considerado notável na África, segundo especialistas. Apenas nesta semana, oito pessoas, entre elas cinco policiais quenianos, morreram em uma emboscada de homens armados em Liboi, localidade a leste do Quênia próxima à fronteira com a Somália, de acordo com fontes policiais.