O governo do Equador afirmou hoje (27/8) que irá adotar medidas de segurança para proteger os familiares de Luis Freddy Lala Pomavilla, equatoriano que sobreviveu ao massacre de 72 imigrantes em Tamaulipas, México. Eles foram ameaçados pelo coiote que prometeu ajudar Freddy a atravessar a fronteira com os Estados Unidos.
De acordo com as autoridades mexicanas, o grupo de imigrantes ilegais foi morto por traficantes do bando Los Zetas, um dos mais ativos do país. Ao menos quatro dos corpos encontrados seriam de cidadãos brasileiros, mas a identidade das vítimas ainda não foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
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Freddy morava em Ger, uma vila rural no sul do Equador. Sua família disse à BBC que receberam ameaças de morte do traficante de pessoas que tentou levar o rapaz de 18 anos aos EUA. Policiais foram enviados à comunidade e o ministério de Imigração (Senami, na sigla em espanhol) entrou em contato com os pais de Freddy, que estão nos EUA.
De acordo com o jornal mexicano El Universal, o coiote pediu à família do sobrevivente que não informe o número de seu celular a mais ninguém. A mulher de um primo do equatoriano disse que os familiares também foram ameaçados de morte. “Ele pediu que não o incomodássemos mais e então desligou. Também já tinha dito que não devemos dar o número de seu telefone celular a outras pessoas e nos ameaçou de morte.”
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A ministra Lorena Escudero disse que Freddy, hospitalizado no México, “precisa de proteção absoluta”, pois se trata de uma pessoa que denunciou o crime organizado. “É uma vítima que tem que ser protegida em sua saúde física e mental, e de possíveis retaliações dos criminosos”, disse ela.
Calderón
O presidente do México, Felipe Calderón, lamentou ontem (26/8) o vazamento da identidade e da imagem do equatoriano que sobreviveu ao massacre em Tamaulipas. “Eu dei ordens para que guardassem a identidade da testemunha e será preciso investigar o que ocorreu”, disse o presidente.
Alguns veículos de comunicação reproduziram uma fotografia do rosto do equatoriano. A foto mostra o jovem sedado em um hospital de Tamaulipas.
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