A Lei Orgânica do Serviço Público do Equador, que levou a uma rebelião de policiais na última semana e a uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Rafael Correa, seria enviada nesta segunda-feira (4/9) ao Registro Oficial para sua respectiva publicação e posterior entrada em vigor, informou o jornal local El Ciudadano.
A norma, cuja vigência seria iniciada nesta segunda-feira logo após sua publicação, teria sido o fator que desencadeou um grande protesto na quinta-feira passada com a tentativa de destituir o mandatário, que permaneceu 12 horas sob o poder de policiais e militares rebeldes.
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O projeto foi apresentado à Assembleia Nacional (Congresso) há cerca de dois meses e, na semana passada, o chefe de Estado do país apresentou algumas modificações, eliminando alguns benefícios, como condecorações, distinções ou bonificações, mas estas nem teriam sido analisadas.
Entre outros pontos, a medida buscava igualar os benefícios trabalhistas, já que os agentes policiais e militares ganhavam mais do que os demais funcionários da administração pública.
Correa chegou a ser agredido durante os protestos dos efetivos e, ao ser levado ao Hospital Policial de Quito, foi mantido refém, segundo ele mesmo denunciou. Os confrontos nas ruas deixaram ainda ao menos dez vítimas fatais e dezenas de feridos.
Ao ser resgatado por um comando leal ao seu governo, ele disse que os agentes foram “enganados” por setores opositores e acusou o ex-presidente Lucio Gutiérrez (2003-2005) de envolvimento na tentativa de golpe.
As manifestações foram repudiadas por diversos países, incluindo os Estados Unidos, e por organizações multilaterais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a Unasul (União das Nações Sul-Americanas.
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