O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) venceu as eleições legislativas deste domingo (28/04) na Espanha e se tornou a maior força do Parlamento do país. Para que o atual premiê, Pedro Sánchez, continue liderando o governo, o partido terá que fechar alianças para garantir maioria.
Com 97,21% dos votos apurados, o PSOE havia conquistado 122 assentos, 37 a mais do que em 2016; o PP (Partido Popular), de centro-direita, 66, 71 a menos do que no último pleito; o Ciudadanos, de direita, 58 cadeiras, 26 a mais; o Unidas Podemos, de esquerda, 42 (ao contrário dos 71 que a aliança de 2016, conformada por outro grupo de partidos, havia conseguido).
A novidade, no entanto, é a volta da extrema direita ao Parlamento, após quase 40 anos. O partido Vox conseguiu 24 assentos e atingiu 10,3% dos votos. Durante a semana, pesquisas apontavam para um resultado próximo a 30 cadeiras, que acabou não se concretizando.
O líder do Podemos, Pablo Iglesias, se colocou à disposição para formar governo com o PSOE. Para conseguir a maioria, são necessários 176 dos 350 assentos e os dois partidos, somados, atingem 148. Isso obrigaria Sánchez a procurar outros partidos para coalizão, o que poderia ser obtido com a adesão de partidos nacionalistas catalães. De acordo com a emissora RTVE, Sánchez poderia conseguir uma coalizão de até 197 deputados.
A direita, por outro lado, não tem resultados suficientes para formar governo, mesmo que PP, Ciudadanos e Vox se juntem.
A participação no pleito foi recorde, de acordo com dados oficiais do governo espanhol. Quase 76% dos eleitores foram às urnas, o número mais alto desde 2004. A Catalunha foi uma das responsáveis pela alta participação, com um aumento de 17,8 pontos percentuais em relação a 2016.
Pool Moncloa/Fernando Calvo
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