Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU que obriga a Síria a entregar suas armas químicas à comunidade internacional, anunciou nesta quinta-feira (26/09) a embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, pelo Twitter.
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“Chegamos a um acordo com a Rússia sobre a resolução do CS que vai obrigar legalmente a Síria a entregar as armas químicas que usaram contra seu povo. [O acordo] será apresentado ao Conselho completo esta noite”, escreveu Power. A medida deve ser votada em alguns dias.
Agreement reached w/Russia on UNSC Resolution legally obligating #Syria to give up CW they used on their people. Going to full UNSC tonight.
— Samantha Power (@AmbassadorPower) September 26, 2013
“O rascunho do CS estabelece que o uso de armas químicas por parte da Síria é ameaça à paz e à segurança internacionais e cria uma nova norma contra o uso dessas armas”, acrescentou a embaixadora.
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A informação foi confirmada pelo chanceler russo, Serguei Lavrov, e pelo embaixador da Grã-Bretanha na ONU, Mark Lyall Grant.
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O Conselho de Segurança convocou seus 15 membros para um encontro informal sobre o conflito na Síria, o qual deve começar a partir das 20h (21h no horário de Brasília), anunciou em comunicado a Presidência rotativa do órgão, atualmente nas mãos da Austrália.
Ontem (25), as cinco potências já haviam concordado com os aspectos gerais de um acordo sobre o arsenal químico da Síria, mas a Rússia disse que as divergências ainda não tinham sido superadas.
EUA e Rússia definiram preliminarmente no início do mês que a Síria seria obrigada a se desfazer de todas as suas armas químicas, para evitar um ataque militar em retaliação, e, desde então, a negociação foi aberta aos cinco membros permanentes do CS (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França).
Os russos, entretanto, haviam se mostrado resistentes até agora a qualquer resolução que evocasse o artigo 7º da Carta da ONU, que abriria espaço para sanções e ações militares contra o governo aliado de Bashar al Assad. Se o acordo for aprovado, será a primeira resolução legal sobre o conflito sírio.