O ex-deputado venezuelano Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar até a madrugada desta terça-feira (30/04) – quando foi libertado pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó – pediu asilo na Embaixada do Chile na Venezuela junto com a esposa, a ex-deputada Lílian Tintori, e a filha. A informação foi confirmada pelo chanceler chileno, Roberto Ampuero.
“Lilian Tintori e sua filha ingressaram como hóspedes na residência de nossa missão diplomática em Caracas. Há alguns minutos, juntou-se seu cônjuge, Leopoldo López, que permanece com a família neste local. O Chile reafirma compromisso com democratas venezuelanos”, afirmou Ampuero pelo Twitter.
Lilian Tintori y su hija ingresaron como huéspedes a residencia de nuestra misión diplomática en Caracas. Hace minutos se sumó su cónyuge, Leopoldo López, que permanece junto a su familia en dicho lugar. Chile reafirma compromiso con demócratas venezolanos.
— Roberto Ampuero (@robertoampuero) 30 de abril de 2019
López era opositor ao governo do presidente Nicolás Maduro e havia sido condenado à prisão em 2015. Ele havia recebido a pena máxima – 13 anos, nove meses e sete dias – pelos crimes de que era acusado: incitação à violência, formação de quadrilha, incêndio criminoso e danos à propriedade.
As acusações dizem respeito aos atos violentos que causaram 43 mortes decorrentes dos protestos antigoverno realizados em 2014. López era um dos líderes do movimento “A saída”, plano que pretendia a derrubada do presidente Maduro.
Em 2017, López deixou o presídio militar de Ramo Verde, perto de Caracas, e passou a cumprir prisão domiciliar. Ele teve o regime de prisão alterado devido a “problemas de saúde”, segundo informou o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
25 militares
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, confirmou a informação de que 25 militares venezuelanos, ligados à tentativa de golpe de Estado, pediram asilo na embaixada brasileira na Venezuela.
Agência Efe
López procurou abrigo na Embaixada do Chile na Venezuela