O ex-primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou nesta segunda-feira (12/09) sua renúncia ao assento que ocupa no Parlamento, quase três meses após a realização do referendo, convocado por ele enquanto era premiê, que decidiu pela saída do Reino Unido da UE (União Europeia).
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“Pensei sobre isso muito e longamente e decidi que a coisa certa a se fazer é renunciar como membro do Parlamento por Witney”, disse Cameron em pronunciamento à imprensa.
Agência Efe
David Cameron anunciou nesta segunda que deixará seu assento no Parlamento britânico
De acordo com ele, o objetivo de sua saída é evitar que sua presença na Câmara dos Comuns se transforme em “uma grande distração” para os trabalhos de sua sucessora, Theresa May, atual primeira-ministra.
Cameron, que representava Witney, na região de Oxfordshire, desde 2001, acrescentou que dará apoio ao candidato conservador nas eleições para escolher o sucessor a sua cadeira no Parlamento.
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Questionado sobre seu legado, Cameron disse que gostaria de ser lembrado pela economia “forte” no Reino Unido e “importantes reformas sociais”, além de ter transformado o Partido Conservador que estava “no marasmo” em uma “força modernizadora vencedora”.
Cameron, de 49 anos, tornou-se líder dos conservadores em 2005 e primeiro-ministro em 2010.
Em junho, ele anunciou sua intenção de renunciar ao posto de primeiro-ministro um dia após o referendo (que ficou conhecido como “Brexit”) em que 52% da população britânica decidiu que a região deve deixar o bloco comum europeu.
Cameron acrescentou ainda não ter tomado uma “decisão firme” a respeito de seus planos futuros, mas que quer continuar contribuindo para a vida pública no Reino Unido.
Theresa May, que foi ministra do Interior no governo Cameron, afirmou que “teve orgulho de participar” do gabinete do ex-premiê: “avançamos muito sob sua liderança”. Ela se comprometeu a continuar com o projeto de “um governo para uma nação” de Cameron.