O longa-metragem A Teta Assustada, da diretora peruana Claudia Llosa, ganhou hoje (12) o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema Jovem de Havana. O filme, que conta a história de uma menina que enfrenta os próprios medos para conseguir dinheiro para enterrar a mãe, repetiu o feito no Festival de Berlim, quando conquistou o Urso de Ouro.
Outro destaque latino foi o ganhador da categoria documentário, La perdida, do argentino Enrique Gabriel e do espanhol Javier Angulo, que tendo como ponto de partida a ditadura militar argentina (1976-83), fizeram um traçado pelos exílios de grandes personagens do país, como a atriz Cristina Rota, os sociólogos Liliana de Riz e Enrique Oteiza, o genetista Víctor Penchaszadeh, entre outros.
Brasil
A produção cinematográfica brasileira esteve em alta em Havana, levando oito estatuetas do prêmio Coral para casa. Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gómes e Karim Aïnouz (premiado diretor de filmes como Madame Satã e O Céu de Suely), levou o terceiro lugar do prêmio Coral de melhor longa-metragem.
Outros prêmios que os brasileiros trouxeram na mala foram o de melhor fotografia (conquistado por Ricardo Della Rosa, com o filme À Deriva), melhor trilha sonora (para Ricardo Cruz e Waldir Xavier, de Viajo porque preciso, volto porque te amo) e o primeiro prêmio de curta-metragem (de Iberê Carvalho), além de uma menção honrosa para a co-produção Brasil- Cuba de Os minutos, As horas, de Janaína Marques Ribeiro
O festival acontece anualmente na capital cubana e é famoso por premiar filmes latinos ou com temática latina.
Premiações:
Ficção: “La teta asustada”, Claudia Llosa (Peru)
Curtas : “Para pedir perdão”, Iberê Carvalho (Brasil)
Menção do Juri: “Os minutos, as horas”, Janaína Marques Ribeiro (Brasil, Cuba)
Melhor Direção: Juan José Campanella, “El secreto de sus ojos” (Argentina)
Melhor Atriz: Catalina Saavedra, “La Nana” (Chile, México)
Melhor Ator: Ricardo Darín, “El secreto de sus ojos” (Argentina)
Melhor Roteiro: Sabine Berman, “El traspatio”, Carlos Carrera (México)
Melhor Fotografia: Ricardo Della Rosa, “À deriva”, Heitor Dhalia (Brasil)
Melhor Música: Federico Jusid, “El secreto de sus ojos” (Argentina)
Melhor Trilha Sonora: Ricardo Cruz e Waldir Xavier, por “Viajo porque preciso, volto porque te amo” (Brasil)
Melhor Direção Artística: Susana Torres e Patricia Bueno, “La teta asustada” (Peru)
Prêmio do público: “El secreto de sus ojos”, Juan José Campanella (Argentina)
Documentário: “La pérdida”, Enrique Gabriel e Javier Angulo (Argentina)
Obra Prima: “Huacho”, de Alejandro Fernández Almendras (Chile)
*O texto foi alterado
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