O poder Executivo da União Europeia alertou nesta segunda-feira (13/03) que é preciso “fazer de tudo o que for possível” para evitar novas mortes de imigrantes no Mediterrâneo.
A declaração chega na esteira do naufrágio que deixou ao pelo 79 mortos, incluindo 33 menores de idade, na costa de Cutro, no sul da Itália. O episódio ocorreu no final de janeiro, horas após 30 pessoas desaparecerem no afundamento de um barco à deriva no litoral da Líbia.
“A ideia de que cada vida perdida no mar é demais e que precisamos fazer de tudo o que for possível para evitar que isso ocorra novamente está sempre nos pensamentos da presidente”, disse Dana Spinant, porta-voz da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Spinant havia sido questionada por jornalistas sobre o naufrágio do último domingo (12/03), que ocorreu a cerca de 100 milhas náuticas da costa da Líbia. No momento em que o deslocados internacionais eram transferidos para um navio mercantil, o barco virou, jogando as pessoas na água.
Wikimedia Commons
Declaração chega na esteira do naufrágio que deixou ao pelo 79 mortos
Das 47 pessoas a bordo, 30 desapareceram no mar, enquanto o restante foi resgatado com vida, sendo que 15 irão para a Itália e dois feridos para Malta.
Após a tragédia, a Comissão Europeia prometeu enviar novos barcos de patrulha à Líbia para permitir que o país monitore sua área de busca e socorro no Mediterrâneo Central.
“Não posso dar prazos, mas vemos claramente que existe a necessidade de reforçar a capacidade da Líbia”, afirmou o executivo da União Europeia.
A Guarda Costeira italiana, que coordenou o resgate do barco, disse que a operação ocorreu fora da sua área de responsabilidade, após a “inatividade dos outros centros nacionais de socorro marítimo da região”.
(*) Com Ansa.