O governo de Israel aprovou nesta segunda-feira (30/05) a inclusão do partido ultradireitista Yisrael Beiteinu (“Israel é o Nosso Lar”) na coalizão de governo e a designação de seu líder, Avigdor Lieberman, como ministro da Defesa.
Agência Efe
Avigdor Lieberman e Benjamin Netanyahu durante acordo para ampliar coalizão governista em Israel
De acordo com um comunicado emitido pelo Escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, “o governo aprovou por unanimidade a nomeação de Avigdor Lieberman como titular da Defesa”.
Sem experiência militar, Lieberman deve jurar o cargo nesta segunda-feira no Parlamento.
A nota também informa sobre a designação de Sofa Landver, membro do Yisrael Beiteinu, como titular de Imigração e Absorção, e de Tzachi Hanegbi, do partido conservador Likud de Netanyahu, como ministro sem pasta do Escritório do primeiro-ministro.
A inclusão do partido de Lieberman no Executivo elevará o número de cadeiras da coalizão governamental liderada pelo Likud de 61, obtidas após eleições realizadas há um ano, para 66.
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Nas últimas duas semanas, dois ministros renunciaram por discordarem da decisão de Netanyahu de incorporar a legenda Yisrael Beiteinu à coalizão governamental.
Na sexta-feira (27/05), Avi Gabai, do partido mais moderado do Executivo israelense, renunciou a seu cargo no ministério do Meio Ambiente. Segundo ele, a ampliação da coalizão poderia polarizar a sociedade israelense.
Já Moshe Ya'alon, ao deixar a Defesa no dia 20, disse que “extremistas tomaram o controle de Israel”.
Uma das condições de Lieberman para integrar a coalização governista liderada pelo Likud é a implementação da pena de morte por homicídios em atos considerados terroristas. Entretanto, segundo matéria do jornal israelense Haaretz, a proposta não seria aplicada caso o acusado fosse judeu.
(*) Com Agência Efe