A Guerra do Iraque já contabiliza a morte de pelo menos 174 mil pessoas ao longo dos últimos dez anos, desde a invasão do país pelas forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos. Desse total, entre 112 mil e 122 mil eram civis.
É o que mostra o Iraq Body Count, grupo formado por voluntários do Reino Unido e dos Estados Unidos, que registra as mortes violentas de civis que resultaram da intervenção militar em 2003. A base de dados do IBC inclui mortes causadas por forças de coalizão e ataques paramilitares ou criminosos, a partir de relatórios de verificação cruzada, complementados por dados obtidos em hospitais, necrotérios, organizações não governamentais e fontes oficiais.
NULL
NULL
Em 20 de março de 2003, sob a justificativa de combater o terrorismo, o Iraque foi ocupado por forças estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos. O governo dos EUA alegava a existência de arsenais químicos e nucleares na região, o que não foi comprovado. Em dezembro de 2011, os Estados Unidos anunciaram a retirada de todos os seus soldados do país.
A invasão do Iraque foi associada também à captura do então presidente iraquiano, Saddam Hussein (1979-2003), que acumulou a função de primeiro-ministro e era tido como inimigo dos Estados Unidos. Em 2006, Saddam foi executado por enforcamento, cumprindo a sentença do tribunal iraquiano.
A instabilidade política no país, no entanto, permaneceu, com frequentes explosões de carros-bomba e conflitos de etnias, principalmente entre a maioria árabe e a minoria curda. Segundo organizações não governamentais, a maioria dos 27,7 milhões de habitantes do Iraque depende da doação de cestas básicas, distribuídas por várias entidades e também pelo governo. A estimativa é que, com a guerra, pelo menos 500 mil refugiados deixaram o país.