* Atualizada às 6h do dia 20 de janeiro de 2015.
Uma das mais admiradas atrizes da história do cinema, Audrey Hepburn falece em 20 de janeiro de 1993, perto de sua casa em Lausanne, na Suíça. Ela estava com 63 anos passara, em novembro de 1992, por uma cirurgia para a retirada de um câncer do cólon.
Sua mãe era de uma família aristocrata holandesa e seu pai, inglês, um homem de negócios. Audrey nasceu em Bruxelas (Bélgica) e foi educada principalmente na Inglaterra. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela e sua mãe estavam na Holanda quando os nazistas invadiram o país. A guerra deixou uma marca permanente na família Hepburn: um de seus irmãos foi internado num campo de concentração nazista e um tio e um primo foram executados.
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Ao término da Guerra, a família pôde finalmente retornar à Inglaterra. Audrey trabalhou como modelo e começou a fazer pontas em filmes como corista. Enquanto rodava um desses filmes em Mônaco, a graciosa Audrey foi observada pela escritora francesa Colette, que a recomendou para desempenhar o papel principal na adaptação teatral de seu romance Gigi.
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Gigi estreou em novembro de 1951 no Teatro Fulton de Nova York, e o desempenho de Hepburn foi recebido pela crítica de forma entusiasmada. Em seguida, o diretor William Wyler convidou-a para um teste para a produção de seu filme A Princesa e o Plebeu, na época em que Audrey terminava sua temporada na Broadway. “Essa menina”, disse Wyler após concluir o filme, “será em breve a maior estrela de Hollywood.”
Wikipedia
Audrey Hepburn no filme A Princesa e o Plebeu
Depois da estreia do filme em 1953, a previsão do diretor parecia tornar-se realidade. Hepburn ganhou o Oscar de Melhor Atriz por seu papel como princesa que andava solta por Roma e que se apaixonava por um jornalista (Gregory Peck). No mesmo ano, conquista o Prêmio Tony por seu papel central na peça Ondine, apresentada na Broadway.
Esbelta, elegante e vestindo-se sempre com bom gosto, Audrey representou um novo ideal de beleza para milhões de cinéfilos, em oposição à clássica imagem da mulher loira de seios fartos. Em Sabrina (1954), Cinderela em Paris (1957) e Um Amor na Tarde (1957), contracenou com astros do porte de William Holden e Humphrey Bogart, Fred Astaire e Gary Cooper, respectivamente.
A personificação da glamorosa Holly Golightly em Bonequinha de Luxo (1961) foi um dos seus mais populares e duradouros papeis, que lhe valeu a quarta indicação para o Oscar de Melhor Atriz, já que havia sido indicada por Sabrina e Uma Cruz à Beira do Abismo (1959). Em 1964, estabeleceu-se uma controvérsia quando Audrey foi escolhida para representar Eliza Doolittle na versão cinematográfica do musical My Fair Lady, sobrepujando Julie Andrews, que interpretara o papel na Broadway. Contracenando com Rex Harrison, Hepburn saiu-se muito bem, embora seu canto tivesse sido dublado por Marni Nixon.
Em 1967, Hepburn recebe sua quinta indicação para o Oscar por sua performance como uma mulher cega cuja casa é assaltada em Um Clarão nas Trevas. Logo depois deixa de se dedicar totalmente à tela, passando a residir na Suiça, aparecendo esporadicamente em filmes como Robin e Marian, com Sean Connery (1976), fartamente elogiado, A Herdeira (1979) e Muito Riso e Muita Alegria (1981), fortemente criticados.
Assista a uma entrevista concedida pela atriz na época:
Casou-se com o ator Mel Ferrer em 1954, com quem teve dois filhos. Após divorciar-se em 1968, casou-se com Andrea Dotti, um psiquiatra italiano, com quem teve um filho. Em 1980, após separar-se, manteve relacionamento com Robert Wolders, um ator holandês.
O trabalho mais significativo de Hepburn nas últimas duas décadas de sua existência não esteve ligado ao cinema. Nomeada embaixadora especial da UNICEF em 1988, Audrey percorreu intensamente todo o planeta arrecadando fundos para a organização.
Mesmo após ter sido diagnosticada com câncer, Hepburn continuou suas viagens e trabalho pela UNICEF. Recebeu postumamente pelas mãos de seu filho o Prêmio Humanitário Jean Hersholt na solenidade de entrega do Oscar em 1993.
Em sua derradeira aparição nas telas em Além da Eternidade, de Steven Spielberg (1989), desempenhou o papel de um anjo que conduz o protagonista ao céu. O papel serviu como um tributo à imagem pública da atriz durante seus últimos anos de vida.
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