A emissora de televisão estatal tunisiana informou nesta quinta-feira (20/01) que 33 membros da família do presidente deposto Zine el Abidine Ben Ali e de sua esposa, Leila Trabelsi, foram presos nos últimos dias por diferentes crimes cometidos contra o país.
A emissora divulgou ainda imagens de jóias, relógios e cartões de crédito internacionais apreendidos com eles, mas não informou as identidades nem as circunstâncias em que foram presos.
Os 33 foram postos à disposição judicial, segundo a emissora.
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A Justiça tunisiana abriu na quarta-feira um processo contra Ben Ali e vários membros de sua família por “aquisição ilegal de bens móveis e imobiliários, depósitos financeiros ilícitos no exterior e evasão de divisas”.
A investigação judicial inclui o ex-presidente, que seguiu para a Arábia Saudita, sua mulher, Leila Trabelsi, e os “irmãos, genros e sobrinhos” dela, informaram os veículos da imprensa estatal, que indicaram que os bens dos envolvidos “poderão ser desapropriados”.
O “clã dos Trabelsi” é especialmente odiado pelos tunisianos, cujos membros são acusados da apropriação das riquezas do país, incluindo terras e bens do Estado.
Enquanto isso, a situação durante a noite desta quinta-feira voltou a ser de relativa calma no país, segundo indicaram habitantes de várias regiões à agência de notícias Efe.
Na capital Túnis não foram ouvis disparos durante o toque de recolher, cujo início foi atrasado em duas horas desde a quarta-feira, devido à melhora da situação de segurança.
O conselho de ministros do governo de transição se reunirá hoje pela primeira vez – sem a presença de três dos ministros opositores – e abordará novas medidas relacionadas com a anistia e a separação de poderes, assinalaram fontes do Executivo à Efe.
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