Os ‘superstars’ de Hollywood Charlie Chaplin, Mary Pickford, Douglas Fairbanks e o diretor D.W. Griffith resolvem, em 5 de fevereiro de 1919, lançar a United Artists Corporation, concordando em dividir entre eles a tarefa de controlar plenamente o setor administrativo-financeiro e a parte artística.
Artistas cinematográficos de ponta em sua era, os sócios estabeleceram que a meta fundamental da nova companhia era a busca de uma completa liberdade de criação artística em seus trabalhos. A United Artists foi o primeiro estúdio a ser controlado pelos próprios artistas, e não por homens de negócio.
A companhia, que era responsável pela criação e distribuição das películas, rapidamente ganhou enorme prestígio e uma montanha de dinheiro durante a era do filme mudo, com produções estreladas por astros como Buster Keaton, Rodolfo Valentino e Gloria Swanson, assim como os três famosos co-fundadores da companhia. Charles Chaplin dirigia, escrevia, compunha e atuava nos filmes. Já Mary Pickford, uma brilhante e astuta mulher de negócios, concentrou-se em produzir películas depois de se retirar de cena, nos anos 1930.
Detentores de importantes fatias em ações da United Artists, Samuel Goldwyn e Alexander Korda retiraram-se dela no começo dos anos 1940, quando a companhia começou a lutar para se manter financeiramente, principalmente por não possuir um estúdio próprio de filmagem. Contudo, a partir dos anos 1950 e 1960, rodar cenas externas aos sets de filmagem tornou-se comum, e não ter um estúdio de filmagens passou a ser uma vantagem cada vez maior.
Em meados de 1950, os sócios originais já tinham vendido suas partes na companhia. No entanto, a United Artists seguiu firme na produção de filmes de grande sucesso de público e de crítica, como Uma Aventura na África, com Humphrey Bogart, que ganhou o Oscar de Melhor Ator (1951); Testemunha de Acusação, com Tyrone Power, Marlene Dietrich e Charles Laughton (1957); Quanto Mais Quente Melhor, com Marilyn Monroe, Tony Curtis e Jack Lemmon, com direção de Billy Wilder; e a série de filmes de James Bond.
A United Artists saiu da bolsa em 1957 para tornar-se uma subsidiária da TransAmerica Corporation uma década mais tarde. A nova companhia colheu três Oscar consecutivos de Melhor Filme, com Um Estranho no Ninho, com Jack Nicholson, direção de Milos Forman, que recebeu cinco estatuetas: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz, Diretor e Roteiro Adaptado (1975); Rocky, Um Lutador, com Sylvester Stallone, que teve nove indicações para o Oscar, levando três prêmios: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (1976); Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, com Woody Allen, com estatuetas de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Atriz (1977).
Todavia, logo depois, cinco altos executivos deixaram a companhia por discordarem da formação de uma nova empresa, a Orion Pictures. Com isso, o estúdio levou um enorme tombo com o fracasso de bilheteria de um filme com altíssimo orçamento, O Portal do Paraíso, dirigido por Michael Cimino, em 1980.
Em 1981, a Metro Goldwyn Meyer adquiriu a companhia, fundindo-se com ela em 1983 para se tornar a MGM/UA Entertainment. Em 1992, o banco francês Credit Lyonnais adquiriu a empresa cinematográfica e mudou seu nome de volta para Metro-Goldwyn-Mayer Inc., abandonando de vez a denominação UA, United Artists.
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