A Coordenadoria Nacional de Povos Indígenas do Panamá (Coonapip), representando os povos originários do país, se incorporaram nesta quarta-feira (20/07) aos protestos contra o alto custo de vida para exigir que o governo do presidente Laurentino Cortizo registre suas terras.
“A greve e os protestos nacionais vão continuar até que o governo, de forma responsável, atenda ao apelo de todas as autoridades que até agora se sentem zombadas e discriminadas pela falta de atenção e respostas”, alertou a Coonapip.
A manifestação também exige o “fim dos despejos por parte dos colonos nas terras indígenas e o reconhecimento do desenvolvimento dos territórios Madungandì e Emberá de Alto Bayano”, já reconhecidos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
A organização indígena pretende ocupar as rodovias de Alto Bayano, Ipetí Emberá, Pueblo Nuevo, Puerto Lara, Chepo, Puente Bayano e a região de Ngäbe Buglé a fim de isolar o território no país centro-americano.
O protesto conta com o apoio de outros 12 congressos e conselhos, como a Aliança Popular, a Aliança dos Povos Originários e a Aliança Nacional pelos Direitos do Povo Organizado (Anadepo), além de autoridades de sete povos indígenas panamenhos.
Facebook/Coonapi
Manifestação também exige o "fim dos despejos por parte dos colonos nas terras indígenas
A Coonapip também confirmou presença nas mesas de diálogo com o Poder Executivo que terá a Igreja Católica do Panamá como mediadora, a fim de encontrar soluções concretas para a situação dos povos originários e o poder sobre suas terras.
Además, la Coordinadora Nacional de Pueblos Indígenas de Panamá (COONAPIP) anunció que se uniría a las protestas, por medio de una huelga “nacional e indefinida” debido a la falta de respuesta del gob a sus demandas. Asimismo, confirmaron su inclusión en la mesa única de diálogo.
— Conexión Mundial SINART (@ConexionSINART) July 20, 2022
O início das negociações foi estabelecido na última terça-feira (19/07) e também conta com os representantes dos sindicatos nas manifestações gerais do país que têm acontecido há mais de duas semanas.
Esse impulso social está convocando grupos de todo o país, como a Coonapip, para exigir novas medidas que permitam o desenvolvimento local e econômico no país centro-americano.
O custo do combustível, da cesta básica, de medicamentos e a luta contra a corrupção fazem parte das principais demandas dos manifestantes.
(*) Com TeleSur