O Foro de São Paulo, grupo que reúne diversos partidos da América Latina e Caribe, realiza na próxima semana, entre 26 de junho e 02 de julho, o 26º encontro da articulação em Brasília, na capital do Brasil.
São esperados representantes de 150 partidos da região que fazem parte do grupo. Fundado em 1990, o Foro de São Paulo recebeu esse nome em alusão à sede do seu primeiro encontro, que ocorreu em julho daquele ano na capital paulista.
“Integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha” é o lema do encontro que volta de forma presencial pela primeira vez após quatro anos. De acordo com a organização do evento, ele tem como propósito a “necessidade” de construir a integração entre os países latino-americanos e caribenhos.
Além disso, o Foro defende que é preciso proteger “nossa natureza, povos e soberania”, assim como “lutar contra os efeitos do neoliberalismo em nossa região”. O 26º encontro acontece no momento de vitórias progressistas na região latino-americana e caribenha, mas também de “luta dos povos”.
Com isso, é convocada as forças progressistas, populares e de esquerda a “se reunirem para refletir e discutir nossos desafios e rumos”.
Segundo a secretária executiva do Foro de São Paulo, Mônica Valente, o evento tem como objetivo “aprofundar” o debate estratégico, político e de soberania da América Latina e Caribe.
“Há quatro anos que o Foro de São Paulo não se reúne presencialmente. Esse encontro é um debate de ideias muito forte, […] pois o Foro já nasce com uma matriz de várias origens dentro da política latino-americana e caribenha e busca respeitar a soberania dos povos através das suas lutas”, disse Valente durante coletiva de imprensa.
Reprodução
26º encontro do Foro de São Paulo será na capital brasileira, com 150 partidos da região confirmados
O 26º encontro conta com uma programação extensa: a primeira atividade é o seminário que irá debater os desafios dos governos progressistas na atualidade; ainda terá encontro de mulheres, jovens e a mesa de discussão sobre as plataformas digitais e as lutas dos movimentos sociais.
Também terá a participação de ao menos 120 partidos de diversas regiões do mundo, como da Europa, Ásia e África. Esses representantes irão acompanhar a programação como convidados.
De acordo com a secretária de Relações Internacionais do PCdoB, Ana Prestes, essas legendas tem relações políticas com o Foro e “buscam intercâmbios e trocas de ideias” com a articulação e os movimentos sociais.
“O Foro é um tema que está no debate político na região e mostra sua relevância no conjunto de partidos e de movimentos sociais que se debruçam nos desafios da América Latina e Caribe. Justamente por sua importância, ao longo de tantos anos, ele vem atraindo atenção de partidos de outras partes do mundo”, afirmou.
Ainda não está confirmada a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do encontro. No entanto, há uma expectativa de que o mandatário possa aparecer no evento.