Sexta-feira, 23 de maio de 2025
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O Irã ameaçou cortar importações do Brasil se a Petrobras continuar a se recusar a abastecer dois navios cargueiros iranianos parados desde o início de junho na costa do Paraná por falta de combustível. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (23/07) pela Bloomberg, o embaixador do Irã em Brasília, Seyed Ali Saghaeyan, disse às autoridades brasileiras que seu país poderia facilmente encontrar novos fornecedores de milho, soja e carne se o Brasil se recusar a permitir o reabastecimento dos navios.

“Eu disse aos brasileiros que deveriam ser eles a resolver esse problema, e não os iranianos”, disse Saghaeyan. “Se não for resolvido, talvez as autoridades de Teerã queiram tomar alguma decisão porque este é um mercado livre e outros países estão disponíveis”, ressaltou o embaixador.

A petroleira estatal brasileira Petrobras se recusa a vender combustível para que as embarcações voltem ao país de origem por conta das sanções econômicas impostas pelos EUA contra o Irã.

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O navio iraniano Bavand está carregado com 48 mil toneladas de milho enquanto a embarcação Termeh está vazia.

Embaixador do país em Brasília afirmou que 'países independentes e grandes como o Brasil e o Irã devem trabalhar juntos' em uma solução; navios estão parados no Paraná desde começo de junho

Naval history

Navios estão parados no Paraná desde começo de junho

O embaixador iraniano comunicou que, para resolver o impasse, o Irã considera enviar combustível para os navios que estão parados, embora essa opção demore mais tempo e seja cara.

“Países independentes e grandes como o Brasil e o Irã devem trabalhar juntos sem interferência de qualquer terceira parte ou país”, acrescentou Saghaeyan, que solicitou uma reunião, ainda sem resposta, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo.

Em comunicado, a chancelaria brasileira disse que seguiria as orientações legais sobre o assunto.

O Brasil exporta cerca de US$ 2 bilhões (R$ 7,5 bilhões) para o Irã por ano, principalmente milho, carne e açúcar, enquanto Teerã compra um terço de todas as exportações de milho brasileiro.

*Com Sputnik