O Irã anunciou nesta segunda-feira (12/12) a imposição de sanções contra 10 pessoas e seis organizações europeias como uma resposta às punições impostas pelos países europeus nos últimos dias, em meio às manifestações vivenciadas no país.
Para Teerã, os europeus estão “apoiando grupos terroristas e encorajando a violência e o terrorismo que levaram à violação dos direitos humanos contra o povo iraniano”, diz o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.
A referência é por conta dos protestos populares que ocorrem no país desde setembro, quando a jovem Mahsa Amini, 22 anos, morreu sob custódia da polícia da moral e dos bons costumes por não usar o véu islâmico de forma correta.
Desde então, milhares de pessoas foram às ruas de todo o país pedindo por justiça, por mais direitos para as mulheres e contra o regime.
Entre os punidos pelo Irã, estão o jornal satírico francês Charlie Hebdo e as rádios Farda, Free Europe e Zamaneh. Também foram sancionadas duas empresas alemãs acusadas de colaborar na produção de armas químicas usadas na guerra entre Irã e Iraque na década de 1980.
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Referência é por conta dos protestos populares contra a morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, que morreu sob custódia da polícia da moral
Já as pessoas atingidas pelas sanções são o comandante das forças aéreas alemãs, Michael Trautermann, o comandante das forças armadas alemãs no Iraque, Holger Kunkel, o advogado do grupo Mojahedin do Povo Iraniano (MKO), considerado terrorista pelo governo, Eric David, o diplomata francês Bernard Kouchner, a deputada alemã Hannah Neumann, a ex-presidente do Parlamento da Alemanha Rita Sussmuth e a ex-vice-presidente Clavdia Roth, os ex-deputados alemães Volker Beck e Norbert Lammert e o ex-ministro da Defesa da Alemanha Kramp Karrenbauer.
Por sua vez, o alto comissário para a Política Externa do bloco, Josep Borrell, afirmou que a União Europeia vai anunciar ainda hoje “um pacote muito duro de sanções contra o Irã” por conta da atuação do país diante dos protestos populares e também pelo envio de drones para o exército russo utilizar na guerra na Ucrânia.
(*) Com Ansa