O presidente do Irã, Hassan Rouhani, descartou nesta quarta-feira (15/01) a ideia de substituir o acordo nuclear de 2015 por um novo pacto. 

A sugestão foi ventilada pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, nesta terça-feira (14/01), que chegou a propor que uma pacto elaborado pelos EUA e por Trump fosse implementado no lugar do acordo vigente.

“Eu fico imaginando o que o primeiro-ministro [Boris Johnson] está pensando e de que maneira ele quer descartar o acordo de 2015 e implementar o plano de [Donald Trump]”, disse o mandatário iraniano.

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Johnson, por sua vez, chegou a dizer que Trump é um “grande negociador” e propôs um trabalho conjunto para a substituição do acordo nuclear.

“Vamos substituir [o acordo] pelo acordo de Trump. Isso é o que precisamos ver. O presidente Trump é um grande negociador por conta própria”, disse o premiê.

Em pronunciamento em seu gabinete, Rouhani afirmou que os países europeus estão dando “os passos errados” e que os três signatários do acordo – Alemanha, França e Reino Unido – deveriam “pedir perdão ao Irã”.

“Vocês deveriam pedir perdão ao povo do Irã pelo medo e incapacidade frente aos EUA”, disse o presidente.

As declarações de Johnson e Rouhani vêm após os governos alemão, francês e britânico anunciarem nesta terça a ativação de um mecanismo presente no acordo de 2015 que pode levar à imposição de novas sanções contra o Irã, desta vez por parte da ONU. 

Segundo os países europeus, que são signatários do pacto, a ação é uma resposta à saída completa de Teerã do acordo, anunciada logo após o assassinato do general Qassim Soleimani em um bombardeio norte-americano em Bagdá, no Iraque. De acordo com Teerã, o enriquecimento de urânio agora será sem limites e responderá às necessidades do país.