Após analisar provas preliminares, o Tribunal de Locri, na Itália, resolveu adiar o julgamento do ex-prefeito da cidade de Riace Domenico Lucano previsto para acontecer nesta terça-feira (11/06). O político, acusado de supostas fraudes nas políticas de acolhimento a migrantes, voltará a ser julgado na próxima segunda (17/06).
Afastado desde outubro de 2018, Mimmo, como é conhecido o político, desenvolveu projetos que auxiliavam migrantes recém-chegados na Europa como treinamento profissional, bolsas de trabalho e realocação de casas que não estavam sendo utilizadas. Com ações para incorporar os migrantes à classe trabalhadora, a economia da cidade mostrou melhora nos índices.
Lucano é acusado de conspiração, fraude, abuso de poder, peculato, suborno e falsificação. Mimmo já havia sido condenado à prisão domiciliar em outubro de 2018 e, em seguida, obrigado a se exilar “para impedir a reincidência do crime de imigração ilegal”.
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Mimmo Lucano foi afastado do cargo da prefeitura por supostas fraudes nos projetos de migração.
O prefeito é investigado na operação “Xenia” por suspeita de ter facilitado casamentos forjados para garantir permanência de migrantes em situação irregular. Além disso, o Ministério do Interior ainda o acusa de irregularidades no uso de recursos nacionais para financiar projetos de acolhimento.
O Supremo Tribunal de Cassação do país apontou que o exílio de Lucano deveria ser proibido por não haver provas suficientes que comprovem as alegações de fraude.
Veja comentário da correspondente de Opera Mundi, Janaina Cesar, sobre o caso: