Uma delegação italiana da Associação Parlamentar de Amizade Itália-Brasil, liderada pelo vice-presidente da Câmara italiana, Maurizio Lupi, visita hoje (17) a Câmara dos Deputados para pedir a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, acusado de assassinar quatro pessoas no fim da década de 1970, quando era membro da organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Battisti, que nega ter cometido os crimes, recebeu do governo brasileiro no dia 13 de janeiro o status de refugiado político.
Na parte da manhã, Lupi será recebido pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e será acompanhado pelo embaixador italiano no Brasil, Michele Valensise. O encontro faz parte dos esforços italianos para a extradição de Battisti, que no momento se encontra detido da penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu em janeiro asilo político a Battisti, não quis receber os parlamentares italianos, que têm encontro marcado para essa quarta-feira também com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informou o jornal Estado de São Paulo.
Defesa reforça pedido de libertação
Ontem (16), a defesa de Battisti protocolou nova petição junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a libertação imediata do italiano pela quarta vez.
No documento, os advogados criticam a tentativa do governo italiano de anular no STF a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar asilo a Battisti. O relator do caso, ministro Cezar Peluso, negou a última liminar do governo italiano no dia 10 de fevereiro.
“A pretensão da Itália, ademais de não encontrar lastro legal, chega a ser desrespeitosa”, diz a petição. “Dessa maneira, imprópria, impertinente, ilegal, ilegítima a pretensão do Estado italiano, que se espera seja afastada”.
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