O documento divulgado nesta sexta-feira faz parte de uma ação judicial apresentada na Escócia por um empresário, ao lado da deputada Joanna Cherry e do advogado Jo Maugham, que exigem do governo conservador que ele acate a lei aprovada pelo Parlamento britânico em setembro, conhecida como “Benn Act”. A legislação obriga o Executivo a pedir um adiamento de três meses para o Brexit, na ausência de um acordo.
O adiamento, no entanto, seria uma contradição com o discurso oficial do premiê Boris Johnson, que repete para quem quiser ouvir que o Reino Unido abandonará a União Europeia (UE) em 31 de outubro, com ou sem acordo.
Jo Maugham indicou que um documento apresentado pela defesa do primeiro-ministro afirma que este solicitará efetivamente um adiamento à UE, num futuro próximo. Em declarações ao canal Sky News, Jo Maugham afirmou que não entende como Boris Johnson poderia então conciliar suas declarações insistindo em que não pedirá um adiamento, “com a promessa que fez à Justiça”.
Johnson havia prometido até então respeitar o “Benn Act”, aprovado pela Câmara dos Comuns, mas continuou a excluir qualquer possibilidade de adiar o Brexit.