Dividido entre avanços em matéria de direitos civis e suspeitas de restrições a liberdades individuais e direitos humanos (leia artigo de Julian Assange), os Estados Unidos foram o destaque desta semana em Opera Mundi.
A perseguição a Edward Snowden chegou a um impasse sobre o destino do ex-agente, atualmente aguardando uma resposta equatoriana no aeroporto de Moscou. As pressões dos EUA chegaram a ponto de o Equador oferecer ajuda econômica para capacitar o país em matéria de direitos humanos. Ao mesmo tempo, o país presenciou a aprovação da reforma migratória e a decisão da Suprema Corte em equiparar direitos a casais do mesmo sexo. Mas graças a uma decisão da justiça sobre a Lei de Direitos Eleitorais, as minorias no país correm risco de perder o direito a voto em alguns estados.
Agência Efe (25/06/13)
Imagem de Edward Snowden em um telão de Hong Kong, cidade onde trabalhou e onde vazou documentos dos EUA
O especial sobre Honduras aborda a situação do país centro-americano quatro anos após o golpe contra o presidente Manuel Zelaya. E, em entrevista, o candidato à vice-presidência pela frente de esquerda Libre, o sindicalista Juan Barahona, revela o temor da coalizão com a violência eleitoral.
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Em Israel, chamou a atenção a atitude de centenas de pessoas que se reuniram em praças para discutir a questão da ocupação palestina. O texto em questão foi a estreia da correspondente Guila Flint em Opera Mundi. A rede McDonald’s, por sua vez, voltou a recusar a abertura de uma unidade de suas lojas em assentamentos, enquanto o ex-chanceler Avigdor Lieberman sugere reocupar a Faixa de Gaza para realizar uma “limpeza”.
Na América do Sul, o Paraguai voltou a atrair atenção de seus vizinhos depois de o presidente eleito, Horacio Cartes, ter dito que não aceita a presidência da Venezuela no Mercosul quando o país voltar a ser reintegrado, para, em seguida, dizer que não aceita a presença do país no bloco.
Na Venezuela, o governo acusou a oposição de tramar novo golpe. A Colômbia, por sua vez, começa a ser afetada pelo clima eleitoral. Enquanto a popularidade do presidente Juan Manuel Santos aumenta em razão da negociação com as guerrilhas colombianas (apesar de episódios de violência contra camponeses), o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, principal nome da esquerda, pode sofrer impeachment. Opera Mundi também fez um especial sobre como as constituintes ajudaram a transformar politicamente Equador, Bolívia… e até a Islândia.