A Justiça de São Paulo liberou na tarde desta sexta-feira (30/07) Gessica Silva Barbosa, esposa do entregador de aplicativo Paulo Lima, conhecido como Galo, por incêndio à estátua do bandeirante Borba Gato na capital paulista.
A informação foi dada à imprensa pelo advogado do casal, Jacob Filho. “Ela está em liberdade provisória e saiu, não por meio de habeas corpus (HC), mas pelo pedido de revogação da prisão”, disse.
Ela havia sido presa, provisoriamente, sem nenhuma justificativa, e estava no 89º Distrito Policial, em São Paulo. Os dois foram detidos por envolvimento no incêndio da estátua. Porém, na hora do protesto, no início da tarde de sábado (24/07), Gessica estava em casa, cuidando da filha do casal, de três anos.
Segundo Jacob Filho, a polícia a envolveu no caso porque o celular usado por Galo, com mensagens sobre a organização do ato, está no nome dela.
A Justiça havia expedido mandado de prisão contra Galo e Gessica na quarta-feira (28/07). Naquele dia, o entregador se apresentou voluntariamente ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. Ele assumiu a autoria do protesto e se colocou à disposição para esclarecimentos tendo, inclusive, corrigido o endereço de sua residência registrado no mandado de busca e apreensão.
Reprodução/Página Twitter Paulo Galo
Justiça havia expedido mandado de prisão contra Galo e Gessica na quarta-feira (28/07)
Apesar de tudo isso, Galo continuava detido até o fechamento desta reportagem. Em relação à situação do ativista, segundo o advogado, não há novidades. “Tanto o pedido de HC quanto de audiência de custódia ainda não foram julgados”.
O casal responde por incêndio, associação criminosa e adulteração de placa de veículo. Na decisão que concedeu liberdade a Gessica, a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, responsável pelo caso, afirmou que além dos depoimentos dos envolvidos confirmando que ela não participou do protesto, a “equipe investigativa constatou que seu aparelho telefônico encontrava-se nas proximidades de sua residência”.
Prisão
Paulo Lima, conhecido como “Galo” e fundador do grupo Entregadores Antifascistas, foi preso de forma temporária pela polícia assim que se apresentou na quarta-feira, voluntariamente, ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro. A prisão temporária tem prazo máximo de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período.
O órgão investiga o incêndio da estátua de Borba Gato na zona sul de São Paulo. O coletivo “Revolução Periférica” já assumiu a autoria do incêndio. A defesa de Lima afirmou que ele reconhece sua participação no ato e que está disposto a colaborar com as investigações.
(*) Com Rede Brasil Atual.