O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que está no poder desde 1994, diz que pretende tentar a reeleição presidencial em 2025, informou neste domingo (25/02) a agência de notícias estatal do país, BeITA.
“Diga a eles que eu vou concorrer”, afirmou Lukashenko a jornalistas em uma seção eleitoral após votar nas eleições parlamentares e municipais do país. “Nenhum presidente responsável abandonaria seu povo que o seguiu na batalha”, acrescentou. O chefe de Estado, de 69 anos, governa Belarus há quase 30 anos.
As eleições parlamentares e locais – que começaram na terça-feira (20/02) e terminam neste domingo (25/02) – são a primeira votação a nível nacional desde as eleições presidenciais de 2020 que deu a Lukashenko seu sexto mandato.
Lukashenko alertou ainda que o país de 9,5 milhões de habitantes “aprendeu a lição” desde os protestos de 2020 e que “não haverá rebeliões” durante as eleições deste domingo.
O aliado mais próximo de Belarus é a Rússia e o país vizinho é considerado estratégico para guerra contra a Ucrânia. Além disso, a Rússia também declarou que pretende instalar armas nucleares em Belarus.
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Líder de Belarus divulga intenção de concorrer à reeleição durante dia de votação parlamentar no país
A líder da oposição, Svetlana Tsikhanouskaya, que está exilada na Lituânia depois de desafiar Lukashenko nas eleições de 2020, instou os eleitores a boicotarem a votação.
“Não há pessoas nas urnas que ofereçam mudanças reais porque o regime só permitiu a participação de fantoches convenientes para ele”, disse Tsikhanouskaya em um comunicado em vídeo.
“Sejamos claros: a tentativa do regime de usar estas eleições falsas para legitimar o seu poder não terá sucesso. O povo da Bielorrússia vê através desta farsa”, disse ela, instando a comunidade internacional a não reconhecer o resultado da votação.
A maioria dos candidatos pertence a quatro partidos que foram autorizados a concorrer: Belaya Rus, o Partido Comunista, o Partido Liberal Democrata e o Partido do Trabalho e da Justiça.
Autoridades eleitorais disseram em comunicado que mais de 40% dos eleitores do país votaram de terça a sábado. A participação foi de 43,64% às 9h deste domingo, uma hora após a abertura formal das urnas, de acordo com a comissão eleitoral central da Bielorrússia.
Na terça-feira (20/02), Lukashenko alegou, que os países ocidentais estavam planejando um golpe no país ou tentar tomar o poder pela força. Então, ordenou que a polícia reforçasse a segurança em toda a Bielorrússia, declarando que este era “o elemento mais importante para garantir a lei e a ordem”.
Após a votação, espera-se que a Bielorrússia forme um novo órgão estatal – a Assembleia Popular da Bielorrússia, com 1.200 cadeiras, que incluirá altos funcionários, parlamentares locais, membros de sindicatos e ativistas pró-governo.