O presidente francês Emmanuel Macron, o norte-americano Joe Biden, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e outros dez líderes mundiais publicaram nesta quarta-feira (21/06) uma carta em que se comprometem a “avançar com medidas concretas” para uma “transição ecológica justa e inclusiva”. O texto saiu no jornal francês Le Monde na véspera do início da Cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global. Os políticos se reúnem em Paris para discutir formas de enfrentar a crise climática e o endividamento.
“Estamos trabalhando com urgência para garantir que nosso sistema faça mais pelas pessoas e pelo planeta”, afirmam os líderes. Alertando sobre o “risco existencial para nossas sociedades e economias” representado pelos desastres causados pelas mudanças climáticas, eles se comprometem a “trabalhar em prol de medidas concretas para atingir as metas de desenvolvimento sustentável, para nossa prosperidade, para as pessoas e para o planeta”.
Assinada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, pela primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e pelo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, o texto incita à “transição para um mundo com emissões líquidas zero”.
Os signatários defendem a criação prioritária de subsídios e empréstimos a taxas subsidiadas para combater a pobreza e “mitigar as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade”. Os líderes sublinham ainda a necessidade de investir na resiliência econômica, social e de infraestrutura.
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Políticos se reúnem em Paris para discutir formas de enfrentar a crise climática e o endividamento
“Nosso sistema deve reduzir o custo do capital para o desenvolvimento sustentável, especialmente por meio de uma transição ecológica nas economias emergentes e em desenvolvimento”, diz o texto.
Os chefes de estado estarão reunidos em Paris a partir de quinta-feira (22/06) por iniciativa do presidente francês com o objetivo de recriar um sistema financeiro global capaz de dar melhores condições aos países mais vulneráveis para combater as mudanças climáticas e a pobreza.