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Organizações colombianas exigem que os países europeus desistam de suas ações intervencionistas na Venezuela.
Líderes sociais se manisfestaram na cidade de Cali, no departamento colombiano de Valle del Cauca, para mostrar solidariedade com a Venezuela e rejeitar as ações intervencionistas dos Estados Unidos (EUA) contra o país.
Em um evento organizado pelo Coordenadoria de Solidariedade dos Povos do Valle del Cauca, os cidadãos colombianos destacaram que a Venezuela foi submetida pelos Estados Unidos a uma “guerra econômica cruel, a uma pirataria internacional contra seus recursos naturais e bens públicos, a um infame cerco midiático e à agressão imperialista que ameaça inundar de sangue a pátria de Simón Bolívar”.
Os líderes expressaram seu apoio à soberania da Venezuela e do governo bolivariano e exigem o respeito pela “livre autodeterminação do povo venezuelano e sua luta para viver em paz, reconstruir sua economia e continuar a ser um exemplo de dignidade para o mundo inteiro”.
O conselheiro político do partido das Forças Revolucionárias Alternativas (FARC) em Cali, Juan Manuel Gómez, enviou um abraço de irmandade e fraternidade à Venezuela e ao presidente Nicolás Maduro, e pediu o respeito pela “liberdade dos países irmãos para fazer a América o continente justo e pacífico que os cidadãos merecem “.
No ato, eles também repudiam “o intervencionismo dos países europeus”.
Durante as últimas semanas, movimentos sociais, partidos políticos e governos do mundo expressaram seu apoio ao governo venezuelano e seu presidente.
Mediação do Vaticano
Em carta à Maduro, o papa Francisco expressou a dificuldade de voltar a mediar a crise entre governo e oposição na Venezuela.
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“Infelizmente, todas [as tratativas anteriores] foram interrompidas porque o que havia sido acordado nas reuniões não foi seguido de gestos concretos. E as palavras pareciam deslegitimar os bons propósitos que haviam sido colocados por escrito”, escreveu o líder católico.
O papa Francisco acrescentou ainda que sempre foi a favor do diálogo, mas desde que “as duas partes colocassem o bem comum acima de qualquer outro interesse e trabalhassem por união e paz”. “A Santa Sé assinalou claramente quais eram os pressupostos para que o diálogo fosse possível”, disse, citando a exigência de se evitar “qualquer forma de derramamento de sangue”.