O referendo convocado neste domingo (10/04) pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para verificar se a população apoiava sua permanência no cargo até o fim do mandato, mostrou que 91,9% dos eleitores respaldam seu governo.
Apenas 6,5% dos que foram votar disseram ser favoráveis à saída antecipada do mandatário.
No entanto, a consulta pública teve um quórum de apenas 17,2%, abaixo dos 40% exigidos pela Constituição para que o pleito seja válido. Porém, seja qual for o resultado, o pleito não era vinculativo, ou seja, o ocupante da Presidência não precisaria seguir a decisão da população.
“O povo agiu com muita responsabilidade, eram milhões de mexicanos. Estamos diante de um acontecimento histórico, é algo inédito, pela primeira vez é feita uma consulta aos cidadãos para que possam decidir sobre o governo do presidente”, disse o mandatário.
Obrador afirmou que o referendo foi um “exercício democrático histórico”. “A democracia deve ser uma forma de vida, um hábito das e dos mexicanos para que ninguém se sinta absoluto. O povo é quem manda”, escreveu em sua conta no Twitter.
Reprodução/ @lopezobrador_
Consulta popular apontou que 91,9% dos respaldam governo de Obrador no México
O presidente, que governa desde 2018, foi eleito com cerca de 30 milhões de votos dos mexicanos. Porém, o país não tem reeleição para o cargo e ainda não se sabe quem poderá substituir Obrador com tanta força política.
O mandatário ainda postou um vídeo sobre o resultado das urnas e garantiu que não fará uma reforma que permita sua permanência no cargo. “Sou um democrata e não sou a favor da reeleição. Nós vamos terminar a nossa obra de transformação em 2024”, pontuou.
A possibilidade de criar um referendo para checar o apoio da população ao presidente foi implementada em setembro de 2021. A medida permite que a consulta seja feita a partir da metade do mandato presidencial que, no México, tem duração de seis anos.
(*) Com Ansa e Telesur.