A cerimônia de posse do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo (01/01), teve entre seus destaques uma quebra o protocolo na hora da assinatura do termo de posse.
O presidente rechaçou a oferta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e tirou do bolso uma velha caneta, com a qual assinaria o documento protocolar, mas não antes de contar a história daquele instrumento.
“Eu estou vendo aqui o ex-governador do Piauí, o companheiro Wellington [Dias], eu queria contar uma história. Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício, depois fomos caminhar até a igreja São Benedito. Ao terminar o comício, um cidadão me deu esta caneta e disse que era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 1989”, recordou Lula.
“Eu não ganhei as eleições de 1989, não ganhei em 1994, não ganhei em 1998. Em 2002, eu ganhei as eleições e, quando cheguei aqui, tinha esquecido a minha caneta e usei a do senador Ramez Tebet”, continuou o presidente, lembrando que, naquela ocasião, quem o salvou daquele erro foi o pai de Simone Tebet, sua adversária no primeiro turno eleitoral, aliada no segundo turno e ministra do Planejamento deste novo governo.
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Lula assinando o termo de posse do seu terceiro mandato presidencial
“Em 2006, assinei com a caneta aqui do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington, é uma homenagem ao povo do Piauí”, contou Lula, que terminou a história assim, sob aplausos, enquanto assinava finalmente o termo de posse e se tornava, oficialmente, Presidente da República.
Lula assumiu o cargo pela terceira vez, tornando-se o governante com mais tempo de mandato garantido pela via democrática – ele só é superado por Getúlio Vargas, que exerceu o poder como ditador por alguns anos, e pelo imperador Dom Pedro II, último a governar o país antes a proclamação da República.