No dia seguinte ao fechamento do acordo sobre o enriquecimento do urânio iraniano, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, da França, conversam hoje (18/5) sobre assunto em Madri, na Espanha. Eles participam da 6ª Cúpula União Europeia, América Latina e Caribe.
Ontem (17/5), o governo do Irã aceitou enviar o urânio levemente enriquecido para a Turquia e receber o produto enriquecido a 20%.
Paralelamente, o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, sinalizou que vai manter a pressão pela aprovação de sanções contra o Irã. Os Estados Unidos, a França, Inglaterra, China e Rússia integram como membros permanentes o Conselho de Segurança da ONU. É o conselho que vai definir se haverá sanções contra o Irã. A adoção de sanções depende do voto favorável de todos os integrantes do conselho.
Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula durante sessão inaugural da 6ª Cúpula América Latina, Caribe e União Europeia
Ontem, Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmaram que o acordo pode por fim ao impasse em torno do programa nuclear iraniano. Para o Brasil e a Rússia, há espaço para o diálogo entre o Irã e a comunidade internacional na tentativa de impedir a aprovação de sanções.
Pelo acordo firmado ontem (17) de manhã, Ahmadinejad se compromete a procurar o diálogo com os membros permanentes do Conselho de Segurança e informar em detalhes para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) o documento – definido em Teerã com o apoio do Brasil e da Turquia. Para aprovar os termos do acordo, é necessário que as Nações Unidas, por meio do conselho, e a agência de energia concordem com as definições.
Leia também:
Opinião: Acordo Brasil-Irã resolve o impasse nuclear?
Acordo Brasil-Irã-Turquia é positivo e descrença “não tem sentido”, diz consultor da AIEA
Brasil confirma assinatura de acordo nuclear com Irã e Turquia
Irã não pode voltar atrás em acordo com Brasil e Turquia, diz crítico de Ahmadinejad
Ahmadinejad tem até a próxima semana para prestar informações à AIEA. Outros detalhes sobre a troca de urânio serão definidos em conversas entre o governo do Irã e os integrantes do chamado Grupo de Viena – os Estados Unidos, a Rússia, França e a própria Aiea.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL