“Restaurar a soberania do Brasil e dos brasileiros”, defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lançar na manhã deste sábado (07/05), em São Paulo, sua pré-candidatura à Presidência do país pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Com uma pré-campanha intitulada “Vamos Juntos Pelo Brasil”, o evento do PT reuniu diversas lideranças políticas, como a ex-mandatária Dilma Rousseff, a presidente da legenda Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Juliano Medeiros, líder do PSOL, Flávio Dino, Marcelo Freixo, Manuela D’avila, Luíza Erundina, Guilherme Boulos, entre outros.
Além da presença de movimentos sociais, apoiadores, centrais sindicais e representantes dos partidos PCdoB, PSB, Solidariedade, PV e Rede.
Para Lula, antes do governo de Jair Bolsonaro, o Brasil era “respeitado” mundialmente e exercia um papel de contribuição para o “desenvolvimento dos países pobres” na América Latina e no continente africano. “É mais urgente restaurar a soberania do Brasil, defendendo o que é do país. […] Precisamos voltar a criar oportunidades para os brasileiros voltarem a viver”, disse.
O petista afirmou que o Brasil “voltou ao passado sombrio que havia superado” durante os governos do PT, declarando que é necessário o país “voltar ao normal”, afirmando que, para isso, será preciso “unir os democratas de todas as origens e matizes, das mais variadas trajetórias políticas, de todas as classes sociais e de todos os credos religiosos” no enfrentamento das “ameaças e totalitarismo”.
“O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências para construirmos juntos uma via alternativa à incompetência e ao autoritarismo que nos governam”, pontuou o ex-presidente.
Durante o discurso, Lula seguiu comparando o atual momento do país com os anos de liderança petista, defendendo a “reconstrução” da democracia brasileira, dizendo que os brasileiros não devem “ter medo de provocação, ter medo de fake news”. “Nós vamos vencer essa disputa pela democracia distribuindo sorrisos, amor e carinho”, disse Lula.
“Mais do que um ato político, essa é uma conclamação. Aos homens e mulheres de todas as gerações, todas as classes, religiões, raças e regiões do país. Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania”, afirmou.
Além de exaltar as mulheres, defender maiores investimentos na educação e cultura, o ex-presidente finalizou sua fala pontuando que a eleição de 2022 irá “devolver o fascismo ao esgoto da história, onde jamais deveria ter saído”.
@ricardostuckert
‘Nós vamos outra vez cuidar com muito carinho do Brasil e do povo brasileiro’, escreveu Lula no Twitter
‘Única via é Lula’
Ainda no evento, o então pré-candidato a vice na chapa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, também discursou.
Testado com covid, o ex-governador de São Paulo realizou de forma virtual sua presença, afirmando que “nenhuma divergência do passado, nem eventuais discordâncias, servirão de razão para que deixe de acompanhar a volta de Lula à Presidência”.
“Obrigado, Lula, por me dar o privilégio de sua confiança. Lula é o prato que cai bem com chuchu”, brincou Alckmin, declarando que o petista é a “única via de esperança para o Brasil”.
“Política se destina a cuidar de gente. É de gente que se trata a política. E a nossa união política será mais completa quanto mais participativa ela se fizer. [Estou] Feliz em ver movimentos sociais, trabalhadores, religiosos, empreendedores, sociedade civil organizada toda presente. Por isso devemos estimular e favorecer a necessária e valiosa participação das minorias na política, pois a pluralidade é o coração da democracia”, declarou.