O presidente francês, Emmanuel Macron, cancelou, nesta sexta-feira (11/01), sua ida ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, um dia antes da realização de novos protestos dos “coletes amarelos” marcados por manifestantes pelas redes sociais.
Em nota, emitida pelo Palácio do Eliseu, o motivo da ausência é o excesso de compromissos da agenda do chefe de Estado para tentar resolver a crise.
A decisão se dá em meio a uma guerra de comunicação promovida pelo movimento que por um lado se aprofunda nos ataques às instituições e intimidação aos deputados do partido de Macron nas redes sociais, enquanto uma parcela do movimento se alinha a porta-vozes como o militante de extrema direita Maxime Nicolle, ao mesmo tempo em que uma avalanche de fake news circula pelas redes disseminando informações mentirosas.
O governo tenta promover um debate nacional para conduzir as reivindicações dos “coletes amarelos”. Apesar da disparidade dessas demandas, o restabelecimento do imposto sobre fortuna (ISF), a redução de privilégios dos políticos e maior representatividade no parlamento são temas em comum.
No dia 21 de janeiro está marcada uma reunião com os dirigentes de 150 empresas francesas e estrangeiras no Palácio de Versalhes para tentar atrair investimentos para o país.
Estados Unidos também cancelam participação
Um dia antes de Macron cancelar sua ida ao Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente dos EUA, Donald Trump, também havia anunciado a sua desistência. Trump justificou sua ausência por causa da intransigência dos democratas em uma postagem no Twitter.
“Por causa da intransigência dos democratas na segurança nas fronteiras e pela grande importância da segurança para nossa nação, eu estou cancelando, respeitosamente, minha muito importante viagem a Davos, Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. Meus calorosos cumprimentos e desculpas ao @WEF”, escreveu.
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Compromissos para tentar solucionar a crise levam presidente a se ausentar das discussões do Fórum Econômico Mundial,