Agência Efe
Treinador do Bayern de Munique, Pep Guardiola, foi um dos catalães que foi às urnas hoje (09)
Mais de 1 milhão de pessoas votaram neste domingo (09/11) na consulta popular sobre a separação da Catalunha do governo espanhol. O presidente catalão, Artur Mas – que foi recebido entre aplausos e gritos de “independência” em seu posto de votação -, destacou o sucesso do pleito.
“Apesar de todos os problemas, de todos os obstáculos que nos colocaram, de todos os impedimentos, as pessoas puderam sair às ruas e participar e dar a sua opinião sobre o que será o futuro político da Catalunha”, disse em entrevista à imprensa local.
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Puderam votar todos os catalães e estrangeiros com mais de 16 anos residentes na Catalunha. De acordo com o El País, as ruas ficaram lotadas durante todo o dia e os postos de votação tiveram extensas filas.
Quem também participou da votação foi o treinador da Bayern de Munique, Pep Guardiola. O ex-jogador do Barcelona criticou que a consulta popular não tem caráter definitivo em forma de referendo.
“Muita gente (na Catalunha) quer ser escutada. Quando tanta gente que pede, não há leis que o impeçam, e o trabalho dos políticos é escutar”, disse Guardiola.
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A iniciativa de hoje substitui a chamada de referendo – feita em meados de 2014 – após o Tribunal Constitucional espanhol suspender o processo de separação em setembro.
Na quinta-feira (06), a Justiça espanhola também proibiu que o governo catalão participasse da consulta popular. Por isso, na manhã de hoje (09), a “execução” do processo foi feita por voluntários.
De acordo com informações da Agência Efe, cerca de 40.930 pessoas – incluídos funcionários e docentes – se encarregaram de organizar a votação, presidir as mesas e de ajudar na apuração.
Nesta sexta (07), o governo catalão apresentou um recurso no Tribunal Constitucional, no qual pede que seja reconsiderada e anulada a impugnação da consulta.
Risco aos voluntários
A vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, advertiu Mas de que, com a manutenção da consulta, ele “estará forçando os cidadãos catalães ao descumprimento da lei”.
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A declaração de Santamaría foi proferida após o presidente catalão ter assumido a organização do chamado 9-N, mesmo com a suspensão do Tribunal Constitucional. A vice-presidente lançou um requerimento a Mas no qual pede que “nenhum funcionário, nenhum responsável político e nenhum cidadão tenha que tomar decisões neste dia que possa gerar a mínima intranquilidade”.
O governo espanhol declarou que não reconhecerá um plebiscito na Catalunha, classificando-o como ilegal, apesar da pressão dos 7, 5 milhões de habitantes catalães, que detêm 1/5 da riqueza do país