O governo da Argentina realizará na noite desta segunda-feira (03/04) uma cerimônia oficial em homenagem a seis ex-militares que combateram durante a Guerra das Malvinas, conflito armado que é recordado todo mês de abril no país sul-americano, e que neste domingo completou 41 anos do seu início.
A Guerra das Malvinas teve início em 2 de abril de 1982, quando a Argentina decidiu enviar soldados para recuperar o domínio do arquipélago que o Reino Unido usurpou em 1833. Após pouco mais de três meses, em 14 de junho, foi decretada a rendição por parte do governo do país sul-americano [então comandado pelo ditador Leopoldo Galtieri, que renunciou quatro dias depois], deixando um saldo de pouco mais de 900 mortos, sendo dois terços deles argentinos.
O evento nesta segunda ocorrerá no Palácio San Martín, sede do Ministério das Relações Exteriores argentino, e será encabeçado pelo chanceler Santiago Cafiero, quem entregará as medalhas aos ex-combatentes.
Também estarão presentes na cerimônia o secretário governamental para Malvinas, Antártida e Atlântico Sul, Guillermo Carmona, e o embaixador argentino no Reino Unido, Manuel Moreno.
Ministério das Relações Exteriores da Argentina
Chanceler argentino Santiago Cafiero entregará medalhas a ex-combatentes da Guerra das Mavinas
O presidente Alberto Fernández estará ausente deste evento específico, mas foi ele quem comandou o início da série de atos programados para esta semana, neste domingo (02/04), com um ato que reuniu familiares de combatentes mortos durante o conflito.
Durante a chamada “Homenagem aos Caídos”, o mandatário assegurou que “nós nunca deixaremos de reclamar pela soberania dessas duas ilhas que são nossas, de todas as argentinas e todos os argentinos, e estaremos presentes, em cada foro, em cada instância internacional onde possamos reivindicar a soberania territorial argentina”.
Em março passado, Cafiero se reuniu com seu homólogo britânico, James Cleverly, para apresentar uma proposta com a qual pretende uma mesa ampliada para a discussão pela soberania das Ilhas Malvinas [chamadas Falklands pelos britânicos], com moderadores neutros. Contudo, a iniciativa ainda não recebeu resposta de Londres.