Em sua primeira aparição pública após ter sido reeleito presidente da França, Emmanuel Macron foi alvo de tomates lançados por manifestantes durante uma visita do mandatário à cidade de Cergy, a 35 quilômetros da capital francesa.
Apesar do embaraçoso incidente, Macron conseguiu desviar de todos os tomates arremessados. Na sequência, o serviço de segurança interveio abrindo um grande guarda-chuva preto para proteger o presidente. Após a “chuva” de tomates, Macron retomou normalmente a visita pelo mercado, que estava cheio de pessoas.
O momento foi registrado pelo canal de televisão BFM. Confira no vídeo abaixo:
Emmanuel Macron ciblé par un jet de tomates lors de son déplacement à Cergy pic.twitter.com/3J0hXIZSRP
— BFMTV (@BFMTV) April 27, 2022
Macron reeleito
Neste domingo (24/04), Macron foi reeleito, pela sigla A República em Marcha, para mais cinco anos no cargo após derrotar a extremista de direita Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional). Projeções iniciais, logo após o fechamento das urnas, apontavam para uma vitória confortável, apesar de menos substancial se comparada com a de 2017.
Em 2017, Macron teve uma vitória mais folgada em cima de Le Pen: 66,1% contra 33,9%. O resultado da candidata neste ano é o melhor já obtido por uma agremiação de extrema direita na França em uma eleição presidencial.
European Parliament/Reprodução
Protesto aconteceu durante uma visita do presidente à cidade Cergy
Em 2012 e 2007, os extremistas não chegaram a ir para a segunda rodada. No entanto, em 2002, o pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, conseguiu surpreendentemente passar para segunda volta contra o então presidente Chirac, desbancando o então primeiro-ministro socialista Lionel Jospin.
Jean-Marie perdeu de maneira acachapante, obtendo apenas 18% dos votos – contra 82% do então presidente.
Em discurso na frente da torre Eifel, em Paris, Macron agradeceu a votação. “Obrigado, queridos amigos. A maioria de vocês escolheu depositar sua confiança em mim por mais cinco anos”, disse.
Ele reconheceu que muitos votos a ele foram para evitar a vitória de Le Pen, mas tentou passar uma mensagem de unidade.
“Sei que muitos franceses votaram em mim para bloquear a extrema direita. Também quero agradecê-los, e dizê-los que seus votos me colocam uma obrigação. Agradeço àqueles que se abstiveram, que não conseguiram se decidir, aqueles que votaram por Le Pen… porque, agora, não sou o candidato de um dos campos, mas o presidente de todos”, discursou.
(*) Com Ansa.