Quinta-feira, 12 de junho de 2025
APOIE
Menu

Em sua primeira aparição pública após ter sido reeleito presidente da França, Emmanuel Macron foi alvo de tomates lançados por manifestantes durante uma visita do mandatário à cidade de Cergy, a 35 quilômetros da capital francesa. 

Apesar do embaraçoso incidente, Macron conseguiu desviar de todos os tomates arremessados. Na sequência, o serviço de segurança interveio abrindo um grande guarda-chuva preto para proteger o presidente. Após a “chuva” de tomates, Macron retomou normalmente a visita pelo mercado, que estava cheio de pessoas.

O momento foi registrado pelo canal de televisão BFM. Confira no vídeo abaixo:

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Macron reeleito

Neste domingo (24/04),  Macron foi reeleito, pela sigla A República em Marcha, para mais cinco anos no cargo após derrotar a extremista de direita Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional). Projeções iniciais, logo após o fechamento das urnas, apontavam para uma vitória confortável, apesar de menos substancial se comparada com a de 2017.

Em 2017, Macron teve uma vitória mais folgada em cima de Le Pen: 66,1% contra 33,9%. O resultado da candidata neste ano é o melhor já obtido por uma agremiação de extrema direita na França em uma eleição presidencial. 

Protesto aconteceu durante uma visita do presidente à cidade Cergy, próxima da capital francesa; foi sua primeira aparição pública depois de ter sido reeleito no último domingo

European Parliament/Reprodução

Protesto aconteceu durante uma visita do presidente à cidade Cergy

Em 2012 e 2007, os extremistas não chegaram a ir para a segunda rodada. No entanto, em 2002, o pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, conseguiu surpreendentemente passar para segunda volta contra o então presidente Chirac, desbancando o então primeiro-ministro socialista Lionel Jospin.

Jean-Marie perdeu de maneira acachapante, obtendo apenas 18% dos votos – contra 82% do então presidente.

Em discurso na frente da torre Eifel, em Paris, Macron agradeceu a votação. “Obrigado, queridos amigos. A maioria de vocês escolheu depositar sua confiança em mim por mais cinco anos”, disse.

Ele reconheceu que muitos votos a ele foram para evitar a vitória de Le Pen, mas tentou passar uma mensagem de unidade. 

“Sei que muitos franceses votaram em mim para bloquear a extrema direita. Também quero agradecê-los, e dizê-los que seus votos me colocam uma obrigação. Agradeço àqueles que se abstiveram, que não conseguiram se decidir, aqueles que votaram por Le Pen… porque, agora, não sou o candidato de um dos campos, mas o presidente de todos”, discursou.

(*) Com Ansa.