O Ministério Público do Chile informou nesta terça-feira (29/08) que o general da reserva Hernán Chacón, condenado a 25 anos de prisão pela morte do cantor e compositor Víctor Jara durante a ditadura, cometeu suicídio momentos antes de ser detido.
Aos 85 anos de idade, ele foi condenado com outros seis militares pelo assassinato de Jara, ocorrido cinco dias após o golpe de estado de Augusto Pinochet, em 11 de setembro de 1973.
Segundo um comunicado, a polícia foi até a casa de Chacón em Santiago para apreensão. No entanto, o general pediu para ir ao quarto buscar remédios, momento em que tirou a própria vida.
Sentença por assassinato de Jara
A Suprema Corte do Chile condenou na última segunda-feira (28/08) Hernán Chacón, Rolando Melo, Raúl Jofré González, Edwin Dimter Bianchi, Nelson Haase Mazzei, Ernesto Bethke Wulf, e Juan Jara Quintana pelo sequestro e assassinato do cantor.
Wikimedia Commons
Jara foi torturado por dias no Estádio Nacional do Chile e depois morto com ao menos 44 disparos
Víctor Jara, artista icônico do período, era filiado ao Partido Comunista e professor da Universidade Técnica do Estado. Ele foi torturado por dias no Estádio Nacional do Chile e depois morto com ao menos 44 disparos.
Os restos mortais do cantor foram encontrados em um terreno próximo ao Cemitério Metropolitano de Santiago, em 16 de setembro de 1973, junto com outros quatro presos políticos.
Em dezembro de 2009, 36 anos após sua morte, a Justiça chilena ordenou a exumação de seus restos mortais, o que permitiu que Jara fosse sepultado em cerimônia oficial.
(*) Com Ansa
