Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que chegou em Buenos Aires, na Argentina, nesta quarta-feira (12/02) para tratar com o governo do presidente Alberto Fernández da renegociação da dívida argentina, foi recebida com protestos em vários locais da capital.
A delegação, encabeçada por Luis Cubeddu, se reunirá com o ministro da Economia, Martín Guzman, com funcionários do Banco Central e de outras instituições privadas. Enquanto isso, nas ruas, a população se manifesta contra a dívida contraída durante a gestão do ex-presidente Maurico Macri.
Além disso, sindicatos e movimentos populares convocaram manifestações em diversas regiões do país. A União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP) convocou uma mobilização conjunta com várias categorias para respaldar a iniciativa do governo de Fernández de renegociar a dívida.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
Manifestantes se concentraram no Obelisco, centro de Buenos Aires, e marcharam em direção ao escritório do FMI no país. Na Plaza de Mayo, manifestantes se concentraram e empunharam faixas contra a presença do órgão no país.
Reprodução
Trabalhadores da Confederação Argentina de Trabalhadores do Transporte (CATT) também marcharam nesta quarta-feira
“Marchamos em repúdio à chegada da missão do FMI, já que consideramos a dívida totalmente ilegítima e não estamos dispostos a concordar que o povo pague essa dívida às custas da degradação de suas condições de vida”, disse a UTEP em nota.
Outra marcha convocada pela Confederação Argentina de Trabalhadores do Transporte (CATT) e pela Federação Marítima Portuária da Indústria Naval também acontece na cidade em direção ao Congresso Nacional.
“Os trabalhadores organizados voltam às ruas em rechaço ao FMI. A negociação deve ser em favor de quem mais está sofrendo as consequências desse acordo criminoso”, disse o dirigente sindical Juan Grabois.
No encontro com o ministro da Economia e chefes de instituições financeiras privadas, o FMI analisará a possibilidade de renegociação de mais de 44 milhões de dólares de dívida da Argentina, contraída durante a gestão do ex-presidente neoliberal Maurício Macri.
(*) Com teleSur.