O presidente do Uruguai, José Mujica, levantou nesta segunda-feira (20/06) a possibilidade de realizar uma consulta popular sobre a instalação de uma mineradora de ferro destinada a exportações para a China. Ela se localizaria na região centro-oeste do país. A Constituição do país sul-americano, no entanto, não prevê esse mecanismo de consulta.
“Espero que o povo uruguaio vote isso [a instalação da mineradora] e faça o que queira. Não vou resolver eu, nem eles [o legislativo uruguaio]”, atestou o mandatário sobre a mineradora Aratirí, cuja instalação tem gerado resistência de ambientalistas e de setores populares no Uruguai.
Ele recordou que o “Uruguai não tem um plebiscito consultivo, onde os governos estão em condições de fazer perguntas à nação e, a partir disso, tomarem as decisões”,. Entretanto, Mujica considerou que outros temas com a mesma relevância deveriam cogitar essa possibilidade.
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Mujica atestou que, de alguma forma, é preciso “ampliar a participação nessa discussão. Teremos de tomar uma decisão, mas que inclua os pareceres da maior quantidade de gente possível”, acrescentou.
O gerente-geral da empresa Aratirí, Fernando Puntigliano, declarou ao jornal uruguaio El Observador que, até que não se tenha nenhuma decisão oficial, a companhia não se pronunciará sobre o assunto.
O projeto da mineradora de empresa Aratirí, empresa anglo-suíça de capital indiano, prevê sua instalação na região fronteiriça entre os departamentos (Estados) de Florida, Durazno e Trinta e Três. Atualmente, o projeto está na fase de estudos ambientais.
Caso o projeto seja autorizado pelo governo, a empresa receberá o maior investimento privado na história do país, de 2,8 bilhões de dólares. Segundo Puntigliano, esse investimento pode levar a uma extração de 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para ser vendido ao mercado chinês.
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