O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta terça-feira (03/05) ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, que não assine nesta quarta-feira (04/05) no Cairo o pacto de reconciliação com o movimento islamita Hamas, que tem por objeto a criação de um governo de unidade palestino.
Em entrevista nesta quarta-feira em Jerusalém com o enviado especial do Quarteto para a Paz no Oriente Médio (formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e a ONU), Tony Blair, Netanyahu pediu a Abbas que “renuncie ao acordo com o Hamas imediatamente e escolha o caminho da paz com Israel”, informou a escritório do primeiro-ministro.
O chefe do governo israelense questiona “como alguém pode fechar acordo com um grupo que chama a destruição de Israel e, inclusive, admira o terrorista (Osama) Bin Laden”, em referência à condenação do Hamas ao assassinato do líder da Al Qaeda por forças americanas ontem no Paquistão.
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Após saber do acordo inicial de reconciliação entre as principais facções palestinas, a nacionalista Fatah – que governa na Cisjordânia – e a islamita Hamas – que controla na Faixa de Gaza -, Netanyahu advertiu que o pacto representará o fim das negociações de paz com os palestinos, impulsionadas por Washington e estagnadas desde setembro.
Os líderes dos dois partidos, o presidente Abbas e o líder do escritório político do Hamas, Khaled Meshaal, assinarão nesta quarta-feira na capital egípcia o pacto que vai colocar fim a quase quatro anos de uma divisão política que impediu a realização de eleições nos territórios palestinos.
O pacto dará lugar à formação de um governo interino que deverá organizar no prazo de um ano eleições presidenciais e legislativas.
Onze facções palestinas aderiram nesta terça-feira no Cairo ao acordo nacional palestino alcançado por Fatah e Hamas, um dia antes da cerimônia oficial.
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