Centenas de migrantes iniciaram uma nova caravana a partir da cidade de San Pedro Sula, em Honduras, rumo aos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira (15/01). A mobilização é um desafio aberto às severas restrições impostas pelo governo norte-americano à migração sem documentação, informa a teleSUR.
De acordo com a emissora multiestatal, o grupo é composto principalmente por mulheres e crianças e o motivo de deixarem o país é a violência, o desemprego, a insegurança e a pobreza extrema, motivos que o governo dos EUA desconsidera como válidas para proteção por parte de suas autoridades.
Este novo êxodo enfrentará a intensa política migratória do presidente Donald Trump, que forçou Honduras, México e Guatemala a darem abrigo aos migrantes.
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De acordo com informações do governo, nos últimos 15 meses, mais de 20 mil hondurenhos partiram rumo ao norte, a maioria retornando ao país voluntariamente ou sendo deportadas.
Estimativas do governo mexicano apontam que em 2019 cerca de 80 mil hondurenhos solicitaram asilo político no país e outros 30 mil estão aguardando uma decisão por parte dos EUA para entrar em seu território.
Rodrigo Dias Tomé / Flickr
Migrantes partem de Honduras rumo aos EUA
O endurecimento do governo de Donald Trump com a leva de migrantes saída de Honduras começou em 2018, quando mais de 3.000 hondurenhos partiram da cidade de San Pedro e Sula rumo ao país.
Na última quinta-feira (09/01) EUA e o país centro-americano finalizaram as medidas para implementar um acordo que permitira ao governo norte-americano enviar requerentes de asilo de um país terceiro para Honduras.
Em visita ao país, o secretário interino de Segurança Interna dos Estados Unidos, Chad Wolf, indicou que a implementação terá início nas próximas semanas.
A partir de julho passado, Washington assinou acordos bilaterais com os governos do chamado “Triângulo do Norte” – Guatemala, Honduras e El Salvador – que permitem o envio de requerentes de asilo de países terceiros.
Em novembro, os Estados Unidos começaram a enviar hondurenhos e salvadorenhos para a Guatemala como parte do acordo e com o fundamento de que os migrantes devem solicitar asilo no primeiro país seguro em que entram.
* Com teleSUR