A Assembleia Geral da ONU voltou a discutir, nesta quarta-feira (06/11), o projeto de resolução que propõe o fim do bloqueio norte-americano contra Cuba. Desde 1992, as Nações Unidas votam pelo fim da medida.
Durante a primeira sessão, a desta quarta, foram ouvidos os discursos dos grupos de países e membros da ONU, incluindo as delegações da China, Rússia, México, Palestina, Nicarágua e Azerbaijão, todas se posicionando contra o bloqueio. A reunião está prevista para ser concluída somente nesta quinta-feira (07/11), com a votação.
Pelo Twitter, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, comemorou o dia de debates e o “enorme apoio à suspensão do bloqueio a Cuba”.
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“Forte rechaço à política ilegal e criminosa dos EUA, que viola o Direito Internacional, de evidente caráter extraterritorial que fere nosso povo e constitui o principal obstáculo ao nosso desenvolvimento”, disse o ministro das Relações Exteriores cubano.
UN Photo
Desde 1992, as Nações Unidas votam pelo fim do bloqueio
No ano passado, quando aconteceu a última votação, 189 dos 193 estados-membros da ONU votaram a favor do fim do bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto por Washington à ilha caribenha. Somente Estados Unidos e Israel se puseram contra e Ucrânia e Moldávia não votaram, portanto não entraram na contagem. O Brasil votou a favor do texto.
Em 2016, último ano do governo do democrata Barack Obama, os Estados Unidos, que estavam em rota de reaproximação com Havana, se abstiveram e não houve votos contra a resolução. No entanto, Washington dizia precisar, no mínimo, de aprovação do Congresso para derrubar o bloqueio, que vigora desde 1959 – o mais longo já imposto a um país.