Atualizada às 20h16
A oposição ucraniana bloqueou nesta terça-feira (14/01) a tribuna da Rada Suprema (Legislativo) durante todo o dia, o que impediu o início da nova temporada de sessões parlamentares e a aprovação dos orçamentos para este ano.
Agência Efe
Conflito da Ucrânia se estende ao Parlamento
Os deputados opositores bloquearam o acesso à tribuna desde 30 minutos antes da abertura da sessão, ao mesmo tempo em que colocavam em seus assentos pequenas bandeiras da Ucrânia e da União Europeia.
Leia mais: Hollande tenta impulsionar economia com programa de 50 bilhões de euros
A oposição promete bloquear os trabalhos da Rada até que o primeiro-ministro, Nikolai Azarov, e seu governo renunciem em plenário, e se dissolva definitivamente a unidade especial antidistúrbios Berkut. Além disso, exigem o comparecimento na câmara do procurador-geral, Victor Pshonka, para que explique como se aplica a anistia para os detidos nos protestos que explodiram em novembro do ano passado, após a desistência do governo a associar-se com a UE.
O presidente da Rada, Vladimir Ribak, destacou que os diferentes partidos com representação parlamentar iniciaram consultas e expressou sua esperança que a câmara reabra suas sessões amanhã.
NULL
NULL
O governista Partido das Regiões exigiu hoje da oposição que desbloqueie o Parlamento e permita a aprovação dos orçamentos para que o governo possa cumprir com suas obrigações sociais.
O partido liderado pelo presidente, Viktor Yanukovich, acusou a oposição de “ações provocadoras destinadas a dividir a sociedade e o país” e de instigar “novos conflitos e focos de dramáticos enfrentamentos violentos”. “Tal atitude da oposição revela suas autênticas intenções: a fim de satisfazer suas ambições políticas estão dispostos a deixar o país sem orçamento, sem aumento de pensões”, ressalta a nota.
Os deputados governistas tentaram conseguir a aprovação do orçamento no final do ano passado, mas a oposição o impediu ao bloquear os trabalhos da câmara.
Leia mais: Ucrânia anuncia acordo comercial com Rússia
Várias centenas de pessoas estão acampadas de maneira indefinida na Euromaidan (Maidan é praça em ucraniano) desde que o presidente se negou a associar-se com o bloco europeu. Yanukovich argumenta que o acordo anterior com a UE levaria a problemas econômicos na população mais pobre de seu país e mantém negociações para a assinatura de um acordo de associação sob novas condições.
(*) Com Agência Efe