Representantes da oposição iemenita assinaram neste sábado (21/05) o acordo sugerido pelo CCG (Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico) para uma transferência ordenada do poder, informaram à Agência Efe fontes opositoras.
Este convênio, que também precisa ser assinado pelo presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, estabelece a transferência do poder ao vice-presidente no prazo de um mês e a realização de eleições presidenciais e parlamentares dois meses depois.
De acordo com fontes consultadas pela Efe, o acordo foi assinado de forma reservada e com a presença do secretário-geral do CCG.
O plano foi assinado por cinco representantes da oposição, tendo como testemunhas embaixadores dos Estados Unidos e de várias nações europeias.
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Segundo os partidos opositores, o documento deverá ser analisado agora por representantes do governo, pelo CGP (Congresso Geral do Povo) e por grupos políticos aliados ao executivo antes de chegar às mãos do presidente iemenita, que também tem que assiná-lo.
Até o momento não foram divulgadas as datas previstas para esses trâmites e é possível que a imprensa não seja convidada para participar desse processo, assim como não participou do ato de assinatura da oposição.
Ainda não há confirmação oficial de que Saleh vá assinar o documento. Essa não é a primeira vez que o país chega à beira de fechar um acordo para superar a crise política. Em ocasiões anteriores, desavenças de última hora impediram a assinatura do acordo.
Neste sábado, Saleh disse que tinha aceitado considerar a iniciativa proposta pelos países do Golfo Pérsico apesar de achar que se trata de uma “operação golpista”.
Para este domingo, está convocada em Riad uma reunião extraordinária de ministros do CCG (integrado por Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar e Bahrein), que analisará, entre outros temas, a iniciativa do Iêmen.
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