Meios de comunicação influentes como o The New York Times, junto com a extrema direita dos Estados Unidos, têm utilizado táticas de intimidação a fim de silenciar ativistas, críticos do governo norte-americano e sino-americanos, denuncia o movimento popular People’s Forum.
Segundo o comunicado da organização, essa tentativa de “silenciar defensores da mudança” não afeta apenas a esquerda, “mas todos que apoiam a liberdade de expressão e os direitos democráticos”.
Diante da denúncia, analisada pelo The People’s Forum como uma volta do macarthismo, o movimento identifica que o governo dos Estados Unidos “enfrenta uma grande crise de legitimidade, temeroso de que os jovens se tornem conscientes e organizados para mudar o mundo”.
Together with @codepink & @tri_continental, we’ve launched a public letter standing against the new McCarthyism that is targeting peace activists, critics of US foreign policy & Chinese Americans. Together we can stop the return of the Red Scare! READ HERE https://t.co/sj0f4aL78Q pic.twitter.com/NSy992wsh9
— The People’s Forum (@PeoplesForumNYC) August 7, 2023
“As instituições políticas e de mídia, tanto liberais quanto conservadoras, iniciaram ataques do tipo McCarthy contra indivíduos e organizações que criticam a política externa dos EUA, rotulando os defensores da paz como ‘agentes chineses ou estrangeiros’. Esta campanha usa insinuações e caça às bruxas, representando uma ameaça à liberdade de expressão e ao direito de discordar”, alertou a organização.
O comunicado lembra que, durante a época do macarthismo, em especial nos anos 1950 nos Estados Unidos, sob a influência da “ameaça vermelha”, referindo-se ao movimento comunista, cientistas, pesquisadores e membros do serviço de ascendência chinesa foram falsamente acusados de espionagem.
Twitter/The People’s Forum
People’s Forum se coloca "firme na missão de promover a paz e a solidariedade internacional"
O documento remete a lideranças que foram, à época, acusadas sem fatos, como W.E.B. Du Bois, Eugene Debs, Emma Goldman, Paul Robeson e Martin Luther King Jr. Atualmente, apontam que organizações progressistas como CODEPINK e o Instituto Tricontinental, além do próprio The People’s Forum, têm sido atacados por veículos como o jornal New York Times.
“A estratégia deles pinta uma imagem sinistra de uma rede secreta que financia o movimento pela paz. No entanto, não há nada de ilegal ou marginal em se opor a uma Nova Guerra Fria ou a um ‘conflito de grandes potências’. Receber doações de cidadãos norte-americanos que compartilham dessas opiniões não é ilícito”, declarou o movimento.
Diante das denúncias contra o atual macarthismo, o People’s Forum se coloca “firme na missão de promover a paz e a solidariedade internacional, contrariando a narrativa de militarismo, hostilidade e medo”.
‘Do New York Times à Fox News, há um ressurgimento da ‘ameaça vermelha’ que já destruiu muitas vidas e ameaçou movimentos de mudança e justiça social. Devemos resistir firmemente a essa caça às bruxas racista e anticomunista e permanecer comprometidos com a construção de um movimento internacional pela paz. Diante da adversidade, dizemos não à caça às bruxas xenófoba e sim à paz”, ressaltaram.
A declaração do People’s Forum contra o macarthismo atual, nomeada “O macarthismo está de volta: juntos podemos detê-lo, está aberta para assinatura neste link.