Diante da morte de soldados por conta de divergências culturais, problemas mentais e infiltração de insurgentes nos corpos de segurança, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) recomendou nesta segunda-feira (13/08) que autoridades do Afeganistão “revisem” os processos de recrutamento de suas Forças Armadas. O anúncio surge após a confirmação de que ataques de membros do Exército do país contra tropas aliadas já mataram 37 soldados estrangeiros em 2012.
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Em entrevista coletiva em Cabul, Günter Katz, porta-voz da missão da Otan no país precisou que já ocorreram 27 ataques de policiais e militares afegãos contra soldados da Otan. Entre os fatores que teriam desencadeado os eventos estão disputas e desacordos verbais entre as partes.
Para Katz, essa “revisão” do processo de recrutamento das forças afegãs deveria incluir exames médicos, mentais, biométricos e análise de referências sobre o candidato. Somente assim, poderia ser reduzido o número de incidentes armados.
Há uma semana seis soldados americanos morreram em dois ataques de militares afegãos na província de Helmand. As tropas internacionais começaram a deixar o país em julho de 2011 e a transferir gradualmente a responsabilidade da segurança ao Exército e à polícia do país.
A Otan prevê a retirada de suas tropas em 2014 e seu argumento é de que esta é uma das fases mais sangrentas da guerra afegã desde a invasão dos Estados Unidos a queda do regime talibã.