Nas ultimas horas da trégua de cinco dias entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, a delegação palestina acusa Tel Aviv de aumentar as exigências para estender o cessar-fogo e de esvaziar o conteúdo do acordo negociado pelo Egito.
Agência Efe
Casa de Hussan Qawasmeh, destruída pelo Exército israelense
Fontes próximas à negociação disseram à agência Efe que a delegação palestina considerou o plano de fim do conflito proposto pelo Egito um “retrocesso” e um “retorno ao ponto zero” nas conversas.
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A delegação israelense entregou ontem aos mediadores egípcios suas observações ao plano de cessar-fogo, que foram posteriormente apresentadas aos palestinos.
Entre as exigências de Israel está a desmilitarização da Faixa de Gaza, condição apoiada internacionalmente.
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Já o Hamás, respaldado pelas demais facções palestinas, exige o fim do bloqueio econômico e o assédio militar na Faixa de Gaza imposto por Israel há sete anos, assim como a abertura da passagem fronteiriça com o Egito e o corredor com a Cisjordânia.
Sequestro e morte dos três jovens
O Exército israelense destruiu nesta noite a casa do suposto idealizador do sequestro e assassinato de três estudantes israelenses no último dia 12 de junho. A morte dos garotos foi utilizada como pretexto para o início da ofensiva contra a Palestina.
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Em um comunicado, o Exército informou também que as casas dos supostos autores materiais do ato e seus cúmplices também foram destruídas, mas eles ainda não foram capturados. As ações foram tomadas, segundo o informe, para mostrar que “existe um preço pessoal a pagar” por atacar Israel.
Organizações de defesa dos direitos humanos israelenses e mundiais consideram que esse tipo de ação é um ato de vingança sem base legal e um castigo coletivo às famílias. Ações como estas eram comuns durante a segunda Intifada, e o Exército israelense havia deixado de praticá-las.