O papa Francisco receberá na próxima quarta-feira (26/10) a família de Shireen Abu Akleh, jornalista palestino-americana assassinada durante uma operação militar israelense na Cisjordânia em maio deste ano.
Segundo comunicado da Embaixada da Palestina na Santa Sé, o patriarcado greco-melquita de Antioquia vai organizar uma missa em memória da repórter no fim da tarde de 26 de outubro, na Basílica de Santa Maria em Cosmedin, Roma.
“Participarão da missa o irmão de Shireen Abu Akleh e sua família, que serão recebidos pelo papa Francisco em audiência privada na manhã de 26 de outubro”, diz a nota.
A memorial mass will be held for #ShireenAbuAkleh in Rome this upcoming Wednesday. If you happen to be there, please join us?? pic.twitter.com/PgJ94zy4KR
— Lina Abu Akleh (@LinaAbuAkleh) October 24, 2022
Abu Akleh, que usava um colete à prova de balas com a palavra “press” (“imprensa”) e capacete, foi morta com um tiro na cabeça enquanto cobria uma operação do Exército de Israel no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, em 11 de maio.
Twitter/Lina Abu Akleh
Shireen Abu Akleh foi morta por tiro na cabeça disparado por forças armadas israelenses
Uma investigação realizada pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU concluiu que o tiro fatal partiu das forças de segurança de Israel, que reconheceram a existência “uma grande possibilidade” de Abu Akleh ter sido atingida por um tiro de suas Forças Armadas.
O Exército israelense, no entanto, ressaltou que “não é possível determinar inequivocamente qual tiro a matou”, teoria que é contestada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A Procuradoria Militar não abriu um inquérito penal sobre o caso, de forma que nenhum soldado de Israel será punido pela morte da jornalista.
(*) Com Ansa