Pela primeira vez, a União Europeia (UE) está importando mais gás natural dos Estados Unidos do que da Rússia por meio de gasodutos, informou a Agência Internacional de Energia (IEA).
“Os recentes cortes acentuados da Rússia nos fluxos de gás natural para a UE fazem deste o primeiro mês da história em que a União Europeia importou mais gás líquido (GNL) dos Estados Unidos do que via gasoduto da Rússia”, explicou Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, no Twitter.
Segundo Birol, “a queda na oferta russa exige esforços para reduzir a demanda da UE e se preparar para um inverno rigoroso”.
A Europa está buscando alternativas como o gás natural liquefeito norte-americano no lugar do russo depois que a empresa Gazprom reduziu o fornecimento através do Nord Stream, seu maior gasoduto para o território europeu, e cortou a distribuição para países que não cumpriram os novos termos de pagamento impostos pelo regime de Vladimir Putin.
Em decorrência da guerra na Ucrânia, a União Europeia concordou em um adicional de 15 bilhões de metros cúbicos de GNL dos EUA em uma tentativa de substituir o gás russo.
Flickr
Europa está buscando alternativas no lugar do gás russo depois que a empresa Gazprom reduziu o fornecimento através do Nord Stream
O consumo de gás natural é menor na Europa durante os meses de verão no Hemisfério Norte, período que vem sendo usado pelos países do continente para aumentar seus estoques para o inverno, de modo a reduzir a dependência em relação à Rússia na época de maior demanda.
Recentemente, a IEA já havia alertado que a Europa deve se preparar para a interrupção total no fornecimento de gás natural pela Rússia no próximo inverno.
(*) Com Ansa