A Organização Mundial da Saúde pediu nesta sexta-feira (1/07) uma “ação urgente” contra a varíola dos macacos na Europa. O número de casos, segundo a organização, triplicou em duas semanas no continente.
Em um comunicado, o diretor da OMS na Europa, Hans Kluge, pediu aos países europeus que “aumentem seus esforços nas próximas semanas e meses para impedir que a varíola se instale em uma área geográfica maior”. “A ação urgente e coordenada é imperativa se quisermos mudar o rumo na corrida contra a propagação da doença”, disse Kluge.
Segundo dados da agência da ONU, a Europa tem agora mais de 4.500 casos confirmados em laboratório, três vezes mais do que em meados de junho. Isso corresponde a 90% dos casos registrados no mundo inteiro desde meados de maio, quando a doença, até então endêmica apenas em dez países africanos, começou a se multiplicar no continente.Até agora, 31 países ou territórios da Europa relataram casos de varíola dos macacos.
Esse tipo de varíola foi descoberto em 1958 na Dinamarca, em macacos de laboratórios, e por isso ganhou esse nome. “Mas atualmente são principalmente roedores que carregam esse vírus”, lembra Jeanne Brugère-Picoux, professora de veterinária e membro da Academia francesa de Medicina, em entrevista à RFI.
Reprodução/Twitter/Organização Mundial da Saúde
A Europa tem agora mais de 4.500 casos confirmados em laboratório, três vezes mais do que em meados de junho
Ameaça à saúde
No último sábado, especialistas da OMS consideraram o surto de casos como uma ameaça à saúde. A evolução é muito preocupante, mas ainda não pode ser, até o momento, considerada como uma emergência de saúde global.
Apesar dessa posição, “a rápida evolução e a natureza urgente deste evento significa que a comissão (de especialistas) irá reconsiderar a sua posição em breve”, indica a OMS Europa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a forma mais adequada para diagnosticar a doença, além da clínica, é um teste PCR.