Além do surpreendente resultado obtido pelo presidenciável Sergio Massa, do União pela Pátria, no primeiro turno neste domingo (22/10), o peronismo se impôs novamente como principal força no Congresso da Argentina.
As eleições argentinas também renovaram 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e 24 dos 72 assentos do Senado, e a coalizão governista União pela Pátria (UxP), de centro-esquerda, seguirá com a maior bancada.
A aliança peronista, que conta hoje com 118 deputados, terá 107 na próxima legislatura, mas aumentou o número de senadores de 31 para 34, segundo o jornal Clarín.
A coalizão de direita Juntos pela Mudança (JxC), de Patricia Bullrich e Mauricio Macri, manteve apenas 24 de seus 33 assentos no Senado e 94 de suas 117 cadeiras na Câmara.
Por sua vez, a aliança A Liberdade Avança (LLA), do ultraliberal Javier Milei, que não existia há pouco mais de dois anos, aumentou suas bancadas na Câmara de três para 38 deputados e no Senado de zero para oito, tornando-se a terceira força no parlamento argentino.
Picryl
Mesmo com maioria peronista, Massa ou Milei terão que negociar para quórum no Congresso
O segundo turno das eleições para presidente será disputado por Massa e Milei em 19 de novembro.
Nem Massa, nem Milei comandará Congresso
Com os resultados, o jornal argentino Pagina12 considerou que “seja Sergio Massa ou Javier Milei [eleito como ´presidente], uma coisa é certa: nenhum deles terá o controle do Congresso, que ontem definiu sua composição para os próximos dois anos”.
Apesar da maioria peronista, o jornal analisa que o surgimento da “força libertária” de Milei e a maioria peronista, “obrigará quem vencer em 19 de novembro a negociar para alcançar quórum em ambas as Câmaras”.
Em 10 de dezembro o presidente eleito toma posse no lugar do atual líder Alberto Fernández, e em 11 dezembro os deputados eleitos assumem seus cargos
(*) Com Ansa